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Estado de Minas

Ap�s anos de pol�mica, Austr�lia renuncia a 'imposto tamp�o'


postado em 03/10/2018 08:30

Depois de quase 20 anos de pol�micas, as autoridades australianas aceitaram nesta quarta-feira (3) abolir o chamado "imposto tamp�o" imposto a alguns produtos de higiene feminina, considerado sexista por seus cr�ticos.

Quando o governo australiano instaurou em 2000 um IVA de 10%, os produtos de higiene supostamente ben�ficos para a sa�de, como preservativos e protetores solares, foram isentos, assim como a maioria dos alimentos.

Apesar das cr�ticas, o imposto foi aplicado a absorventes internos, absorventes e outros produtos de higiene feminina.

Denunciada como "sexista" pelos defensores dos direitos das mulheres, o imposto era, desde ent�o, alvo de disputas entre o governo de Canberra e as administra��es dos estados e territ�rios que se beneficiavam do dinheiro arrecadado com essa taxa.

O ministro australiano da Sa�de, Michael Wooldridge, chegou a alegar, em 2000, que os absorventes internos n�o deviam estar isentos de IVA, porque "n�o previnem doen�as".

"Como homem que sou, gostaria que a espuma de barbear estivesse isenta, mas n�o espero que isso aconte�a", afirmou em entrevista � televis�o p�blica ABC, provocando uma onda de cr�ticas.

Foram lan�adas campanhas com o lema "Parem de taxar minha menstrua��o!", e surgiram grupos de militantes, como "as vingadoras da menstrua��o".

Os partid�rios da isen��o estavam espalhados por todo espectro pol�tico, com os que evitavam cuidadosamente o tema, passando a bola para as autoridades de estados e territ�rios.

Hoje, por unanimidade, os ministros regionais das Finan�as decidiram enfim abolir o imposto a partir de janeiro, ap�s aceitarem renunciar a cerca de 30 milh�es de d�lares australianos (US$ 21,5 milh�es) anuais de receita fiscal.

"A hist�ria [da taxa] � longa e tortuosa", declarou a ministra australiana da Mulher, Kelly O'Dwyer.

"Fico satisfeita em anunciar que conseguimos. Os estados e territ�rios se uniram, e milh�es de australianas v�o-se beneficiar", afirmou.

A coaliz�o conservadora no poder busca conquistar o eleitorado feminino, ap�s uma s�rie de den�ncias de ass�dio sexual apresentadas por deputadas contra cargos eleitos de seu partido.

Em agosto, durante uma revolta interna no partido da situa��o que levou � queda do primeiro-ministro moderado Malcolm Turnbull, a ent�o ministra das Rela��es Exteriores, Julie Bishop, foi uma v�tima colateral, o que ilustrou a misoginia de sua sigla pol�tica.


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