(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Primeira quinta de outubro sem Nobel de Literatura em Estocolmo


postado em 04/10/2018 17:30

Pela primeira vez desde 1949, nesta quinta-feira (4) as trombetas n�o anunciam o aguardado Pr�mio Nobel de Literatura, concedido anualmente pela Academia Sueca em Estocolmo.

Tradicionalmente, o pr�mio � anunciado pelo secret�rio vital�cio da Academia na primeira quinta-feira de outubro na Casa da Bolsa, na cidade velha da capital sueca.

O an�ncio � transmitido ao vivo pela televis�o sueca para o mundo todo.

Os autores que aparecem nas apostas - frequentemente mais equivocadas do que acertadas - esperam ansiosos, � espera do telefonema da academia, enquanto seus editores preparam os estoques nas livrarias. Mas em 2018 n�o foi assim.

"Provavelmente perderemos pelo menos 500.000 coroas [cerca de 55.200 d�lares] com essa hist�ria, que � o nosso volume de neg�cios habitual do Nobel", lamenta Nicklas Bj�rkholm, dono da grande livraria independente Hedengrens, de Estocolmo.

A Academia anunciou em maio que o an�ncio do pr�mio seria adiado neste ano, depois que veio � tona um esc�ndalo de agress�o sexual por parte de um franc�s pr�ximo � institui��o e casado com uma suas integrantes.

A Academia ficou desestruturada em consequ�ncia da crise gerada pela partida de seus titulares, o que a privou do qu�rum necess�rio para funcionar.

Sem a premia��o, os acad�micos ainda em atividade se reuniram nesta quinta no final da tarde antes de seu tradicional jornal semanal em um restaurante da cidade velha.

Alguns deles esperavam poder escolher novos membros, uma condi��o indispens�vel para come�ar a abordar a concess�o do Nobel e a selecionar os dois premiados que ser�o anunciados em 2019.

Este "dia da verdade", como descreve a imprensa sueca, tamb�m pode definir o destino de Katarina Frostenson, esposa de Jean-Claude Arnault, o franc�s de 72 anos condenado esta semana a dois anos de pris�o por um estupro cometido em 2011, mas que s� veio � p�blico em novembro de 2017, no contexto do movimento #MeToo.

O presidente da Funda��o Nobel, Lars Heikensten, disse na semana passada � AFP que espera que os acad�micos "sejam capazes de resolver seus problemas" o quanto antes a fim de restabelecer a credibilidade do pr�mio.

Na aus�ncia do pr�mio liter�rio, as aten��es neste ano se voltam ainda mais para o Nobel da Paz, que ser� entregue nesta sexta-feira em Oslo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)