Donald Trump recebeu neste s�bado na Casa Branca o pastor americano Andrew Brunson, um dia depois de sua liberta��o por parte da Turquia, e elogiou o "grande passo" para melhorar as rela��es "muito tensas" com Ancara depois de uma grave crise diplom�tica.
No Sal�o Oval, junto com o ex-prisioneiro que esteve no centro de um confronto sem precedentes entre os dois pa�ses aliados, o presidente americano agradeceu ao seu hom�logo turco, Recep Tayyip Erdogan, por "ter tornado isso poss�vel".
"N�o foi f�cil para ele", declarou.
Embora tenha reafirmado que "n�o houve acordo com a Turquia para a liberta��o e o retorno do pastor", Trump prometeu estudar o futuro das san��es impostas durante meados desse ano para pression�-los.
"O �nico acordo" foi "psicol�gico: estamos dispostos de maneira muito diferente hoje do que ontem com a Turquia", disse, sem mais detalhes.
Ao chegar em Washington neste s�bado depois de uma longa deten��o e de uma breve parada na Alemanha, Brunson agradeceu calorosamente ao presidente, a sua administra��o e a muitos parlamentares americanos que se uniram em seu nome.
- Ora��o por Trump-
Ajoelhado no ch�o e com a m�o no ombro do presidente, o pastor fez uma ora��o por Trump, que fez de sua liberta��o uma prioridade e p�de aproveitar uma vit�ria que deve satisfazer o setor evang�lico do seu eleitorado, a menos de um m�s das elei��es das legislativas. "Preciso disso mais do que ningu�m", sorriu o bilion�rio.
A corte turca em Aliaga, regi�o de Esmirna, condenou o pastor Brunson a tr�s anos e um m�s de pris�o por apoiar "organiza��es terroristas": os separatistas do Partido dos Trabalhadores do Curdist�o (PKK) e a rede do cl�rigo Fethullah Gulen, acusado por Ancara de orquestrar o frustrado golpe de Estado de 2016.
Brunson recuperou a liberdade na sexta-feira pelo tempo cumprido de deten��o e bom comportamento.
Desde o in�cio do caso, as acusa��es foram negadas por este homem de 50 anos, que dirigia uma pequena igreja protestante em Esmirna, bem como pela administra��o dos Estados Unidos, pressionando o governo turco a garantir a liberdade deste "inocente".
Funcion�rios da administra��o Trump disseram que Brunson "n�o tinha feito nada de errado" e que as acusa��es tinham motiva��o pol�tica. O conflito tensionou a rela��o entre as na��es.
Os Estados Unidos impuseram tarifas e sancionaram altos funcion�rios do governo para pressionar a Turquia sobre o caso Brunson.
A crise diplom�tica alimentada por esta quest�o entre os dois pa�ses aliados na Otan provocou um colapso em agosto da lira turca e revelou as fragilidades da economia desse pa�s, quando Washington elevou o tom e imp�s san��es.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu na sexta-feira � Turquia que liberte rapidamente outros americanos detidos.
Ap�s a escalada, ambas as partes pareceram estar tranquilas, dando a impress�o de que estavam negociando uma sa�da para a crise nos bastidores.
Este resultado deve ajudar a restaurar algo de tranquilidade quando os dois governos devem cooperar para esclarecer o desaparecimento em Istambul do jornalista saudita Jamal Khashoggi.
Khashoggi, um colaborador do Washington Post cujos textos criticaram o pr�ncipe herdeiro, Mohamad bin Salman, est� desaparecido desde que entrou no consulado de seu pa�s em Istambul em 2 de outubro.
"Nossa primeira esperan�a era que n�o o tivessem matado, mas (a situa��o) n�o parece muito boa (...) pelo que ouvimos", disse Trump a rep�rteres na Casa Branca neste s�bado.