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Estado de Minas

Julgamento de brasileiro que matou tios e primos come�a esta semana na Espanha

Fran�ois Patrick Nogueira Gouveia ficou conhecido como o "esquartejador de Pioz". Ele confessou ter "uma vontade irrefre�vel de assassinar"


postado em 22/10/2018 06:41 / atualizado em 22/10/2018 09:53

(foto: Guardia Civil/AFP)
(foto: Guardia Civil/AFP)

O julgamento de um jovem brasileiro acusado pelos assassinatos de dois tios e dois primos de 1 e 4 anos em agosto de 2016, para quem a Promotoria pede pena de pris�o perp�tua com possibilidade de revis�o, come�a na quarta-feira na cidade espanhola de Guadalajara.


Conhecido como "o esquartejador de Pioz", Fran�ois Patrick Nogueira Gouveia, de 21 anos (19 no momento dos crimes), vai prestar depoimento na quarta-feira, primeiro dia do julgamento, que deve demorar uma semana.


Na Espanha desde mar�o de 2016, Patrick Nogueira confessou � pol�cia que matou, cinco meses depois, estimulado por "uma vontade irrefre�vel de assassinar", os tios Marcos Campos Nogueira e Jana�na Santos Am�rico, que foram esquartejados e colocados em sacos de lixo.


O jovem, descrito pelos investigadores como solit�rio, egoc�ntrico, narcisista e propenso �s bebidas, declarou, no entanto, que n�o recorda ter matado as crian�as, que tamb�m foram colocadas em sacos.


Enquanto cometia os crimes, ele conversou por WhatsApp com um amigo no Brasil, Marvin Henriques, a quem "pedia conselhos, relatava o que estava fazendo e enviava fotografias dos cad�veres, recebendo por parte de seu interlocutor mensagens de incentivo", afirma um documento judicial.


Henriques est� em liberdade provis�ria e aguarda o julgamento como c�mplice dos assassinatos no estado da Para�ba, de onde � a fam�lia de Nogueira.


Os assassinatos aconteceram em 17 de agosto de 2016, mas a cena do crime s� foi descoberta um m�s depois, gra�as a um funcion�rio da manuten��o que alertou para o odor procedente de uma resid�ncia na localidade de Pioz, 60 km ao leste de Madri.


Ap�s a descoberta macabra, Nogueira fugiu em 20 de setembro para o Rio de Janeiro. Mas no dia 19 de outubro retornou a Espanha para entregar-se voluntariamente.


A pena mais severa na Espanha


O brasileiro � acusado de quatro crimes de assassinato com aleivosia, dois deles contra pessoas particularmente vulner�veis, seus primos.


Por estes �ltimos dois crimes, a Promotoria pede pena de pris�o permanente com possibilidade de revis�o, al�m de 20 anos de pris�o por cada assassinato dos tios.


A pris�o permanente com possibilidade de revis�o � a condena��o m�xima do C�digo Penal espanhol, prevista para os criminosos mais perigosos. � uma pris�o perp�tua, que pode ser revista ap�s 25 anos de deten��o, que s� foi determinada poucas vezes desde que entrou em vigor em 2015.


O julgamento acontecer� na Audi�ncia Provincial de Guadalajara, onde devem prestar depoimentos mais de 30 testemunhas (algumas delas por videoconfer�ncia do Brasil) e 20 agentes policiais e peritos.


Os nove membros do j�ri ser�o escolhidos na quarta-feira, no in�cio do processo.


A defesa alega "um transtorno mental transit�rio" de Nogueira e, de fato, solicitou um exame neurol�gico para determinar se existe uma patologia neuropsiqui�trica. Os resultados ser�o avaliados durante o julgamento.


A acusa��o afirma que o jovem atuou com premedita��o, pois chegou � resid�ncia da fam�lia com uma faca muito afiada, a suposta arma dos crimes que n�o foi encontrada, sacos de lixo e fita de veda��o, segundo os documentos judiciais.


Tamb�m estava com duas pizzas para ganhar a confian�a da fam�lia. Quando chegou � resid�ncia, a tia e as crian�as estavam no local.


Depois de comer as pizzas, matou Jana�na quando ela estava lavando os pravos. Depois assassinou os dois meninos, "que estavam paralisados de medo", de acordo com a acusa��o.


Aguardou a chegada do tio Marcos e o atacou de surpresa. Depois de colocar os parentes em sacos de lixo, limpou a casa, se limpou e esperou para pegar o �nibus de volta na manh� seguinte, de acordo com os documentos.


Patrick, que ao chegar na Espanha morou por quatro meses com os parentes assassinados em outra localidade pr�xima de Madri, antes que os tios e primos se mudassem para Pioz, seguiu tranquilamente com sua vida ap�s os crimes, de acordo com os investigadores.


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