
Os Estados Unidos "ser�o um parceiro ainda mais pr�ximo do Brasil durante o governo" do presidente eleito de extrema-direita Jair Bolsonaro, garantiu Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump.
Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal Folha de S. Paulo, ele deu boas vindas ao brasileiro ao clube de l�deres nacionalistas e conservadores que chegaram ao poder nos �ltimos anos.
"Num peda�o do mundo onde h� socialismo radical e caos na Venezuela e crise econ�mica, com o FMI mandando na Argentina, Bolsonaro representa o caminho do capitalismo esclarecido e ser� uma lideran�a populista nacionalista", considerou Bannon.
O ex-estrategista de comunica��o de Trump tamb�m ressaltou as semelhan�as entre o presidente americano e o brasileiro.
Segundo Bannon, h� "muitas semelhan�as" entre Trump, Bolsonaro e outros l�deres "populistas e nacionalistas" de direita, como Viktor Orban, primeiro-ministro h�ngaro; Matteo Salvini, ministro do Interior da It�lia; ou Nigel Farage, l�der pr�-Brexit no Reino Unido.
"Vejo tr�s principais pontos em comum entre esses l�deres: em situa��es muito confusas, conseguem identificar quais s�o os principais problemas e articular as solu��es. Por serem aut�nticos, eles conseguem se conectar com o p�blico de massa, particularmente com a classe trabalhadora e classe m�dia, de modo muito visceral. E, em terceiro lugar, eles t�m carisma", enumerou.
Quanto a Trump e Bolsonaro, ele destacou que os dois empregam a estrat�gia de "usar declara��es provocativas para conseguir ser ouvido em meio ao barulho". "Ambos s�o especialistas em se conectar com as massas", ressaltou.
Bolsonaro, capit�o da reserva de 63 anos, venceu no domingo a presid�ncia com 55% dos votos contra Fernando Hadddad, do Partido dos Trabalhadores (PT) do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que cumpre pena de mais de 12 anos de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro.
As redes sociais foram o principal meio de comunica��o de Bolsonaro durante la campanha, marcada por suas declara��es pol�micas sobre as mulheres, os homossexuais e de combate � criminalidade.
"Se n�o fosse pelo Facebook, Twitter e outras m�dias sociais, teria sido cem vezes mais dif�cil para esse populismo ascender, porque n�o conseguir�amos ultrapassar a barreira do aparato da m�dia. Trump conseguiu fazer isso, Salvini e Bolsonaro tamb�m", explicou Bannon.