Ataque a tiros em Chicago deixa ao menos quatro mortos

Um atirador abriu fogo nesta segunda-feira, 19, no hospital Mercy, um dos maiores de Chicago, nos Estados Unidos. O tiroteio causou a morte de quatro pessoas, incluindo a do pr�prio atirador - que ainda n�o foi identificado.

A pol�cia disse que o tiroteio teve in�cio entre as 15 horas e 15h30 (19 horas no hor�rio de Bras�lia), ap�s o homem assassinar a namorada no estacionamento do hospital. O atirador teria discutido com ela ap�s os dois descerem do carro. "Foi o caos, o caos em massa", disse ao jornal Chicago Tribune James Gray, testemunha do crime.

Gray afirmou que viu o homem caminhando em dire��o ao estacionamento e gritando com a mulher. "Ele se virou e atirou tr�s vezes no peito dela", disse Gray. "Quando ela caiu no ch�o, ele se virou e atirou mais tr�s vezes." Gray descreveu o tiroteio como surreal, "uma cena de cinema".

O policia Samuel Jimenez, que trabalhava na regi�o desde 2017, foi o segundo a ser morto pelo atirador. Ele foi encontrado no sagu�o do Mercy Hospital, disse um porta-voz da pol�cia. Ele chegou a ser socorrido, levado para o Centro M�dico da Universidade de Chicago para tratamento. "Ele estava em estado cr�tico, mas n�o resistiu ao tiro na cabe�a", disse Anthony Guglielmi, porta-voz da pol�cia.

A terceira v�tima seria uma enfermeira do hospital, atingida no peito logo depois do policial. O suspeito, aparentemente baleado na cabe�a, tamb�m foi encontrado dentro do hospital.

Erix Horton, que trabalha em Servi�os Ambientais no hospital, falou com um rep�rter do Chicago Tribune enquanto aguardava informa��es. "Eu estava me preparando para ir embora", disse Horton. "Uma das enfermeiras correu de volta para o lado de fora e foi como se ela estivesse prestes a entrar em colapso e disse 'um membro da equipe foi ferido a tiros'. E ela pediu para eu ligar para a pol�cia".

Horton disse que se escondeu com outros funcion�rios na sala de descanso em frente ao pronto-socorro, que tem uma fechadura a prova de balas, at� que a pol�cia entrou e escoltou todos para fora. Uma equipe do Corpo de Bombeiros que acabara de trazer um paciente tamb�m se escondeu no quarto, disse Horton.

"Enquanto est�vamos na sala de descanso, pod�amos ouvir algu�m disparando tiros no corredor, oito ou nove tiros", disse. "Ficamos todos abaixados para nos proteger. Eu s� queria chegar em casa para ver minha esposa e meus filhos."

Uma funcion�ria do hospital disse que ela estava em seu escrit�rio quando uma notifica��o foi enviada por um sistema de alerta interno dizendo aos que estavam no hospital para trancar suas portas. Mais tarde, eles foram retirados do local e as pessoas foram colocadas nos �nibus da pol�cia.

"Eu n�o sei o que aconteceu", disse ela ao jornal Chicago Tribune, quando foi levada para um �nibus. "Eles nos disseram para correr, ent�o n�s fizemos", disse a funcion�ria do hospital.

Nigary Thomspon, que trabalha na cl�nica familiar do hospital, disse que ouviu oito ou nove tiros. Os funcion�rios e pacientes da cl�nica trancaram as portas e se esconderam. "Eu estou com medo e assustada. Eu nunca estive t�o assustada, eu ouvi falar de ataques a tiros acontecendo todos os dias nos locais de trabalho das pessoas, mas n�o onde eu trabalho. Isso foi muito perto de mim. Isso poderia ter sido conosco, eu poderia ter sido atingida por uma bala que perfurou a parede, todos n�s ter�amos sido feridos", disse Thompson.

Ataques a tiros s�o um dos principais problemas de viol�ncia nos Estados Unidos. No come�o do m�s, um marine veterano, que serviu no Afeganist�o, matou 12 pessoas em um bar de m�sica country na cidade de Thousand Oaks, na Calif�rnia.

Em outubro, pelo menos 11 pessoas morreram e 6 ficaram feridas, entre elas 4 policiais, em um ataque a tiros a uma sinagoga na cidade de Pittsburgh, no Estado da Pensilv�nia./COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS