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Estado de Minas

Obrador chega � presid�ncia do M�xico em meio a incertezas econ�micas


postado em 30/11/2018 11:48

Andr�s Manuel L�pez Obrador chega neste s�bado � presid�ncia do M�xico, a segunda maior economia da Am�rica Latina, entre altas expectativas dos eleitores, mas tamb�m com a incerteza dos investidores e dos mercados financeiros.

O veterano esquerdista de 65 anos assumir� a presid�ncia por um per�odo de seis anos ap�s uma grande vit�ria eleitoral, embora algumas de suas decis�es durante o governo de transi��o, que durou cinco meses, tenham abalado os mercados.

Ap�s sua vit�ria em 1� de julho, ele prometeu manter o equil�brio macroecon�mico e respeitar a autonomia do Banco Central do M�xico, tranquilizando os investidores.

No entanto, sua decis�o de cancelar a constru��o de um novo aeroporto na Cidade do M�xico - uma obra que custaria 13 bilh�es de d�lares e que ele chamou de "fara�nica" - apoiada por uma controversa consulta p�blica, provocou rea��o adversa nos mercados e reclama��es entre os empres�rios.

Ap�s o an�ncio do cancelamento no final de outubro, a bolsa mexicana despencou 4,2%, enquanto o peso mexicano caiu mais de 3%.

- Rea��o das ag�ncias de classifica��o -

A decis�o tamb�m perturbou as ag�ncias de classifica��o de risco. A Fitch rebaixou a perspectiva da nota BBB+ do M�xico, justificando que o cancelamento do aeroporto enviava "um sinal negativo para os investidores".

A Moody's manteve a nota do M�xico em A3, mas apontou a incerteza ap�s a decis�o.

L�pez Obrador, conhecido como AMLO por suas iniciais, respondeu por meio de um v�deo que "n�o havia nada a temer" e acusou "uma campanha de instabilidade". Al�m disso, se reuniu com funcion�rios do aeroporto.

No entanto, dias depois, em 11 de novembro, o mercado financeiro mexicano afundou quase 6% ap�s o an�ncio de uma proposta do Morena, partido de AMLO, de limitar as taxas cobradas pelos bancos.

Depois, as a��es das principais mineradoras do pa�s, como Grupo M�xico - um dos maiores produtores de cobre do mundo - ca�ram frente a outra iniciativa do Morena para endurecer as exig�ncias sociais e ambientais necess�rias para a outorgar concess�es.

No final de novembro, L�pez Obrador conduziu outra consulta sobre um trem tur�stico na pen�nsula de Yucat�n e outros programas sociais, obtendo apoio quase total dos quase 950 mil eleitores.

- Incerteza -

Especialistas temem pelo futuro do investimento devido � maneira como o governo L�pez Obrador tomar� decis�es.

"A incerteza sobre as decis�es pol�ticas do pr�ximo governo podem ter um impacto sobre o investimento, tanto interno quanto externo", disse Carlos Serrano, economista-chefe do banco espanhol BBVA Bancomer, � AFP.

Serrano n�o � o �nico preocupado. Ao elevar a taxa b�sica de juros para 8% em meados de novembro, o Banco do M�xico reconheceu a preocupa��o dos participantes do mercado com as pol�ticas do novo governo.

Edward Glossop, economista da Capital Economics, aponta que h� um temor quanto a uma "pol�tica fiscal que seja afrouxada agressivamente" e que "contratos energ�ticos sejam revogados (seja por uma consulta ou com mudan�as nas leis do Congresso)".

Para Philip Waechter, economista-chefe da Ostrum Asset Management, empresa de investimentos que administra cerca de 265 bilh�es de euros, a incerteza sobre o novo governo pode ser de curta dura��o.

"Provavelmente, uma vez no poder, ap�s um per�odo de ajuste, as coisas ser�o diferentes, � isso que vemos em grandes economias. A incerteza sobre Obrador pode ser de curto prazo."

- Aten��o ao or�amento -

A aten��o do mercado est� agora no or�amento que ser� apresentado pela equipe de L�pez Obrador - liderado por Carlos Urz�a, futuro secret�rio do Tesouro - no mais tardar em 15 de dezembro.

"Se for um pacote econ�mico confi�vel, pode acabar parcialmente (com a incerteza)", mas "parte da incerteza tem a ver n�o apenas com isso, mas tamb�m com as d�vidas geradas nestas consultas", acrescenta Serrano do BBVA Bancomer.

"O importante est� nos detalhes. O objetivo do super�vit prim�rio � inconsistente com a promessa de campanha de aumentar os gastos do governo e n�o aumentar os impostos", indica a Capital Economics em um relat�rio.

L�pez Obrador procurou novamente esta semana tranquilizar os investidores.

"Aqueles que investem em empresas, em a��es, no mercado financeiro, ter�o esses investimentos segurados e obter�o bons retornos", garantiu o futuro presidente em uma mensagem nas redes sociais.

"Haver� um aut�ntico Estado de Direito, n�o haver� expropria��es, atos arbitr�rios, acabaremos com a corrup��o", acrescentou.

Por enquanto, o Banco do M�xico reduziu a previs�o de crescimento para o M�xico em 2019 - o primeiro ano de L�pez Obrador no poder - para entre 1,7% e 2,7%.


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