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Estado de Minas

M�xico se encamina a nova era com o esquerdista L�pez Obrador


postado em 30/11/2018 12:12

Andr�s Manuel L�pez Obrador tomar� posse neste s�bado como novo presidente do M�xico em um momento em que o pa�s se encontra pressionado pela corrup��o, pelo crime e pela pobreza.

Conhecido como AMLO por suas iniciais, ele venceu com conforto nas elei��es de julho passado, e sua coaliz�o, liderada pelo Morena, partido que fundou h� quatro anos, obteve ampla maioria no Congresso bicameral.

Uma grande vit�ria para qualquer presidente, e a primeira para um esquerdista, desde que a altern�ncia democr�tica se instalou no M�xico em 2000.

AMLO ocupar� a cadeira presidencial por seis anos e promete a "transforma��o" do pa�s, embora at� agora tenha dado poucos detalhes do que pretende fazer.

A heran�a de seu impopular predecessor, Enrique Pe�a Nieto, inclui uma corrup��o end�mica, a crescente viol�ncia gerada pelos cart�is mexicanos da droga e a caravana de 6.000 migrantes centro-americanos estacionada na fronteira do M�xico com os Estados Unidos.

Isso sem contar o campo minado que representa a rela��o com os Estados Unidos sob a presid�ncia de Donald Trump.

L�pez Obrador, de 65 anos, promete lutar contra a corrup��o e governar com austeridade. Renunciou � luxuosa resid�ncia e ao avi�o presidencial, assim como � mais da metade de seu sal�rio e ao grande esquema de seguran�a que protege os governantes mexicanos.

Seus cr�ticos, entretanto, temem que seu governo se volte ao radicalismo e �s tend�ncias autorit�rias. O empresariado est� particularmente nervoso, com a moeda e as a��es mexicanas em queda desde a sua elei��o.

- Povo a favor, mercados contra -

O ex-prefeito da Cidade do M�xico n�o perdeu popularidade, com 66% de apoio, segundo uma pesquisa do jornal El Financeiro publicada na �ltima segunda-feira.

"Ainda h� uma lua de mel bem rom�ntica, mas h� sinais de que seu apoio se pode enfraquecer muito r�pido", disse Duncan Wood, especialista no M�xico do Wilson Center da Washington.

O futuro da segunda economia latino-americana � o que gera maior alerta e nervosismo.

AMLO tem tentado tranquilizar os mercados prometendo ser conservador e austero fiscalmente.

- Vizinho complicado -

H� tamb�m a complexa rela��o Trump.

O presidente americano amea�ou o governo de Pe�a Nieto com o pagamento pela constru��o de um muro fronteiri�o e o fez renegociar o Nafta, substitu�do pelo Acordo Estados Unidos-M�xico-Canad� (USMCA, na sigla em ingl�s, ou T-MEC, em espanhol).

At� agora, AMLO e Trump come�aram bem. O americano disse que tiveram uma "grande conversa" depois de sua elei��o e at� o chamou de "Juan Trump", em um sinal de aprova��o ao estilo populista que compartilham e suas vit�rias desafiando o sistema.

Trump, contudo, j� pressiona L�pez Obrador em rela��o ao tema migrat�rio, insistindo em um acordo para que migrantes sem documentos que buscam ref�gio nos EUA permane�am no M�xico enquanto suas solicita��es s�o avaliadas.

Um dia ap�s a posse, o chanceler de AMLO, Marcelo Ebrard, se reunir� com o secret�rio de Estado americano Mike Pompeo em Washington para tratar o tema.

- Sem medidas concretas -

Analistas pol�ticos criticam a superficialidade dos planos de AMLO.

Apesar de prometer uma mudan�a radical, ofereceu muitas poucas ideias de novas pol�ticas para combater os problemas cr�ticos de corrup��o, crime e pobreza.

Para sua exultante base de eleitores, isso n�o parece importar. Por enquanto.

"Est�o comprando suas promessas", diz o analista Jos� Antonio Crespo.

"Ele tem gerado muitas expectativas e muita gente demora a se dar conta de quem � na verdade o governante", conclui.


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