O comunicado final da reuni�o de c�pula do G20 avalia que o crescimento mundial ainda segue forte, mas reconhece que ele tem se tornado "crescentemente" mais desigual entre os pa�ses. Al�m disso, riscos-chaves, incluindo a vulnerabilidade financeira, se materializaram parcialmente.
O texto nota que h� "quest�es comerciais" afetando a economia mundial, mas n�o fala em aumento da tens�o. Os l�deres do grupo reafirmam a inten��o de usar todos os instrumentos poss�veis para se alcan�ar um crescimento forte, sustent�vel e equilibrado e trabalhar para conter riscos de piora da atividade. Antes do G20, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) j� havia alertado para ind�cios de que a atividade mundial pode estar sofrendo desacelera��o em ritmo mais forte que o inicialmente esperado.
"A pol�tica monet�ria vai continuar a apoiar a atividade econ�mica e assegurar a estabilidade de pre�os", ressalta o texto, que tamb�m fala da necessidade de se avan�ar com reformas estruturais, da constru��o de amortecedores fiscais, assegurando que a trajet�ria da d�vida p�blica � sustent�vel.
O texto destaca ainda a necessidade de os pa�ses investirem em infraestrutura, mas ressalta que � essencial a atra��o de recursos do setor privado.
O documento reafirma a contribui��o do sistema multilateral de com�rcio, mas os l�deres ponderam que seus resultados est�o aqu�m dos objetivos e reconhecem que h� espa�o para melhora. "N�s assim apoiamos uma necess�ria reforma na OMC para melhorar seus funcionamento", diz o texto, sem deixar claro que regras poder�o ser modificadas. N�o h� qualquer men��o � escalada de medidas protecionistas por parte dos membros do G20, mas apenas uma men��o a "quest�es comerciais".
Sobre o Acordo de Paris, o comunicado explicita que os pa�ses signat�rios do tratado reafirmaram o compromisso com sua implementa��o completa, refletindo responsabilidades comuns e diferenciadas, conforme suas respectivas capacidades e circunst�ncias pr�prias. O documento menciona que, para os membros do acordo, ele � "irrevers�vel". "Vamos continuar a lidar com a mudan�a clim�tica enquanto promovemos o desenvolvimento sustent�vel e o crescimento econ�mico", diz o texto.
No documento, os Estados Unidos reiteraram sua decis�o de deixar o Acordo de Paris e afirmam seu compromisso com o crescimento econ�mico e acesso � energia com seguran�a, assegurando o uso de todos os tipos de fontes de energia e tecnologias, al�m da prote��o ao meio ambiente.
Macri
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou a jornalistas que tanto seu pa�s, como o Brasil, querem se abrir ao com�rcio internacional e buscar mais acordos internacionais por meio do Mercosul. "Demos conta de que nos equivocamos e que os pa�ses que se abriram nos �ltimos 20 anos s�o os que mais cresceram, muito mais que Argentina e Brasil", afirmou ap�s o encerramento do G20.
Macri diz esperar que avancem as negocia��es que o Mercosul tem em curso, que inclui poss�veis acordos bilaterais com Uni�o Europeia, Canad�, Cingapura e Jap�o. "H� v�rias negocia��es abertas", disse ele. Mais cedo, o primeiro ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, teve reuni�o com Michel Temer e falou da inten��o de seu pa�s de um acordo bilateral com o Mercosul.
Macri encerrou o G20 em cerim�nia que transmitiu a presid�ncia rotativa do grupo para o Jap�o, que ser� sede das reuni�es de c�pula em 2019 e escolheu a cidade de Osaka para sediar os encontros. O primeiro-ministro do Jap�o, Shinzo Abe, participou da cerim�nia.
As reuni�es no Jap�o j� t�m datas definidas. A principal delas � a de c�pula, marcada para os dias 28 e 29 de junho, e deve contar com a participa��o do Jair Bolsonaro (PSL), a primeira do presidente eleito em encontros do G20. J� os ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais v�o se reunir um pouco antes, em 8 e 9 do mesmo m�s.
"O G20 foi um momento de enorme responsabilidade", disse Macri na cerim�nia. Somente na Argentina foram mais de 80 reuni�es este ano. No ano passado, a presid�ncia do grupo foi da Alemanha e a reuni�o de l�deres foi na cidade de Hamburgo, marcada por uma s�rie de protestos. Em Buenos Aires, a reuni�o foi realizada em local afastado do centro, mas houve protestos na pra�a em frente ao Congresso.
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INTERNACIONAL
G20: crescimento mundial est� ficando mais desigual entre pa�ses
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