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Estado de Minas

Os sintomas cada vez mais alarmantes das mudan�as clim�ticas


postado em 15/12/2018 17:51

Concentra��o recorde de CO2, calor extremo, recuo das geleiras... Os mais recentes indicadores sobre altera��es no clima evidenciam que uma a��o � urgente.

- Recordes de calor -

Muito provavelmente, 2018 ser� o quarto ano mais quente desde que come�aram os registros das temperaturas, em 1880, segundo a Organiza��o Meteorol�gica Mundial (OMM). Assim, o s�culo XXI j� conta com 17 dos 18 anos mais quentes j� registrados.

Neste ver�o no hemisf�rio norte, a Europa, o oeste dos Estados Unidos e a �sia foram castigados por ondas de calor. Em Portugal, Escandin�via, Jap�o e Arg�lia, por exemplo, foram reportadas temperaturas recorde e tamb�m inc�ndios gigantescos.

No �rtico, a extens�o da banquisa de gelo se manteve muito abaixo da m�dia durante todo o ano e registrou um recorde m�nimo em janeiro e fevereiro.

As geleiras do planeta tamb�m retrocederam pelo 38� ano consecutivo. Na Su�cia, o pico sul da montanha Kebnekaise deixou de ser o mais alto do pais, devido �s temperaturas excepcionais do ver�o.

- 405,5 partes por milh�o -

A concentra��o dos tr�s principais gases causadores do efeito estufa - di�xido de carbono (CO2), metano (CH4) e �xido de nitrog�nio (NOX) - alcan�ou novos m�ximos em 2017 e seu avan�o prossegue este ano.

A concentra��o de CO2, um g�s que persiste durante v�rios s�culos, foi de 405,5 partes por milh�o (ppm) em 2017. A �ltima vez que a Terra registrou concentra��o semelhante foi entre 3 e 5 milh�es de anos atr�s, segundo a OMM. A temperatura na ocasi�o era de 2� a 3�C mais alta e o n�vel do mar, superior entre 10 e 20 metros ao atual.

As emiss�es de metano, ligadas sobretudo � queima de energias f�sseis e �s atividades agropecu�rias, aumentaram na �ltima d�cada. Sua concentra��o chegou em 2017 a um n�vel equivalente a 257% do registrado antes da Revolu��o Industrial.

- +3,3 mm ao ano -

A eleva��o do n�vel dos oceanos, vari�vel segundo as regi�es, foi de 20 cm, em m�dia, no s�culo XX. Atualmente, eleva-se 3,3 mm anuais e o fen�meno parece se acelerar. O n�vel dos mares aumentou de 25% a 30% mais rapidamente entre 2004 e 2015 com rela��o a 1993-2004.

O degelo das calotas de gelo da Groenl�ndia explica em parte este aumento. Mas a Ant�rtica pode se tornar o principal motor: antes de 2012, o continente branco perdia 76 bilh�es de toneladas de gelo ao ano. Desde ent�o, a cifra disparou para 219 bilh�es de toneladas.

Se o aquecimento fosse mantido a 1,5�C com rela��o � era pr�-industrial, o n�vel dos mares subiria entre 26 e 77 cent�metros at� 2100, segundo proje��es da ONU. Com uma temperatura 2�C mais quente, se adicionariam 10 cm, afetando at� 10 milh�es de pessoas a mais.

Sobretudo, a longo prazo, as calotas da Ant�rtica e/ou da Groenl�ndia poderiam se desestabilizar com um clima entre +1,5/2�C mais quente, elevando o n�vel dos mares em v�rios metros ao longo dos pr�ximos s�culos.

- Cat�strofes naturais -

O aquecimento global h� est� favorecendo epis�dios meteorol�gicos extremos, particularmente secas e ondas de calor.

At� 20 de novembro, a OMM tinha registrado 70 ciclones tropicais em 2018 contra uma m�dia hist�rica anual de 53.

De acordo com alguns estudos, o n�mero de secas, inc�ndios, inunda��es e furac�es ligados ao desarranjo do clima dobrou desde 1990.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudan�as Clim�ticas da ONU (IPCC), com +2�C ocorrer�o ondas de calor na maioria das regi�es e as precipita��es associadas aos ciclones ser�o mais intensas.

As perdas associadas �s cat�strofes naturais atingiram 520 bilh�es de d�lares anuais e jogam a cada ano 26 milh�es de pessoas na pobreza, segundo o Banco Mundial.

- Esp�cies afetadas -

Das 8.688 esp�cies amea�adas ou quase amea�adas, 20% j� foram afetadas pelas mudan�as clim�ticas.

Os arrecifes de coral sofreram um embranquecimento maci�o nos �ltimos anos e uma mortalidade recorde. os cientistas destacam, ainda, uma multiplica��o dos epis�dios de can�cula oce�nica, amea�ando os ecossistemas marinhos.


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