(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

L�der da oposi��o se autoproclama 'presidente encarregado da Venezuela'

Juan Guaid� fez an�ncio em Caracas, onde milhares se manifestam contra o governo de Nicol�s Maduro


postado em 23/01/2019 16:00 / atualizado em 23/01/2019 17:32

Chefe do parlamento venezuelano, Juan Guaidó se autoproclamou presidente encarregado do país(foto: Federico Parra/AFP)
Chefe do parlamento venezuelano, Juan Guaid� se autoproclamou presidente encarregado do pa�s (foto: Federico Parra/AFP)
O presidente do Parlamento - de maioria opositora -, Juan Guaid�, se autoproclamou "presidente encarregado da Venezuela" com vistas a uma sa�da do poder do presidente Nicol�s Maduro, ante uma multid�o de seguidores em Caracas.


"Juro assumir formalmente as compet�ncias do Executivo Nacional como o presidente encarregado da Venezuela para conseguir o cessar da usurpa��o, um governo de transi��o e ter elei��es livres", manifestou Guaid� da tribuna, com a m�o erguida.


O l�der parlamentar, um engenheiro industrial de 35 anos, disse estar sustentado pela Constitui��o. "Irm�os e irm�s: hoje dou o passo com voc�s, entendendo que estamos em ditadura", afirmou, levando a multid�o ao del�rio.


"Guaid�, amigo, o povo est� contigo", gritava a popula��o, hasteando bandeiras da Venezuela, concentrada em uma via expressa no leste da capital.


O presidente do legislativo disse contar com o apoio de grande parte da comunidade internacional, que considera o segundo mandato iniciado por Maduro em 10 de janeiro "ileg�timo", pois cr� que foi reeleito em um pleito fraudulento em maio passado.


"Sabemos que isso n�o � algo de uma pessoas, sabemos que isso vai ter consequ�ncias, sabemos o que � necess�rio para nos mantermos nas ruas da Venezuela at� alcan�ar a democracia. N�o vamos permitir que se desinfle este grande movimento de esperan�a e for�a nacional", garantiu.


Ao final do discurso de Guiad�, jornalistas perguntaram se ele temia ser preso: "N�o, tenho medo por nosso povo, que est� indo muito mal", respondeu.


"Temo por nossa gente que est� vivendo mal", afirmou o l�der parlamentar, referindo-se � grave crise que castiga o pa�s.


Milhares de manifestantes da oposi��o v�o �s ruas do pa�s nesta quarta-feira, em meio � pior crise da hist�ria moderna do pa�s petrol�fero, que sofre com a escassez de alimentos e medicamentos e com uma hiperinfla��o que o FMI projeta em 10.000.000% at� 2019.


Dezenas de milhares de seguidores de Maduro tamb�m marcham nesta quarta-feira em Caracas e outras cidades do pa�s para defender o segundo governo do l�der socialista e rejeitar o que consideram um golpe de Estado em curso.


As manifesta��es foram precedidas por pequenos protestos e motins com saques que deixaram pelo menos cinco mortos.


Supremo pede investiga��o


Minutos antes da declara��o de Guaid�, o Tribunal Supremo de Justi�a (TSJ) venezuelano tinha determinado ao Minist�rio P�blico que investigasse criminalmente os integrantes do Parlamento, de maioria opositora, ao acus�-lo de usurpar as fun��es do presidente Nicol�s Maduro, anunciou a corte.


"Exorta-se ao Minist�rio P�blico, ante a objetiva materializa��o de condutas constitutivas de tipos delitivos (...), para que de forma imediata proceda a determinar as responsabilidades dos integrantes da Assembleia Nacional", destacou o TSJ em uma declara��o lida � imprensa.


O TSJ considera que as recentes declara��es do Parlamento, que declarou Maduro em usurpa��o do cargo de presidente em 15 de janeiro, considerando-o ileg�timo, e aprovou uma anistia aos militares que cooperarem com o governo de transi��o, constituem "ato de for�a que pretende derrubar a Constitui��o".


Para ser julgados, os deputados precisam ser despojados de sua imunidade, um processo que requer a aprova��o do Parlamento, que na pr�tica foi substitu�do por uma Assembleia Constituinte completamente governista.


Ap�s se autoproclamar presidente interino, Guaid� tachou os ju�zes do TSJ de dirigentes do partido do governo "disfar�ados de magistrados".


A sala penal da corte ratificou a "inconstitucionalidade das a��es do Poder Legislativo", cujas decis�es anula sistematicamente desde 2016 quando o declarou em desacato.


"Esta senten�a, assim como todas as proferidas pelo TSJ, pretende fechar de fato a Assembleia Nacional por via da inabilita��o para o exerc�cio de suas compet�ncias", declarou � AFP o constitucionalista Juan Manuel Raffalli.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)