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Estado de Minas

L�der do Parlamento se declara presidente interino da Venezuela em dia de marchas


postado em 23/01/2019 19:55

O l�der do Parlamento, o jovem opositor Juan Guaid�, se autoproclamou presidente interino da Venezuela para pressionar a sa�da de Nicol�s Maduro do poder, recebendo o apoio de Estados Unidos e v�rios pa�ses latino-americanos, em um dia de manifesta��es multitudin�rias a favor e contra o governo.

"Juro assumir formalmente as compet�ncias do Executivo Nacional como o presidente encarregado da Venezuela para obter o final da usurpa��o, um governo de transi��o e ter elei��es livres", disse Guaid� de uma tribunal, com uma das m�os levantada, diante de uma multid�o de seguidores no leste de Caracas.

Engenheiro de 35 anos, que assumiu a presid�ncia do Parlamento - de maioria opositora - em 5 de janeiro, Guaid� disse estar apoiado pela Constitui��o.

"Hoje, dou o passo com voc�s, entendendo que estamos em uma ditadura", disse, ao que a multid�o respondeu, "O povo est� contigo!".

O l�der do Legislativo afirmou que tem o apoio de grande parte da comunidade internacional. Estados Unidos, Canad�, UE e grande parte da Am�rica Latina consideram "ileg�timo" o segundo mandato do presidente Nicol�s Maduro, iniciado em 10 de janeiro, por considerar que foi reeleito em maio em elei��es fraudulentas.

O presidente americano, Donald Trump, foi o primeiro a reconhecer Guaid� "oficialmente", sendo seguido, entre outros, pelos governos de Brasil, Col�mbia, Peru, Chile, Argentina e Canad�, e pelo secret�rio-geral da Organiza��o de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

O M�xico, por sua vez, manteve o reconhecimento ao governo de Maduro. A Uni�o Europeia informou que acompanha "muito de perto" a situa��o da Venezuela.

Em rea��o ao posicionamento de Washington, Maduro anunciou o rompimento de rela��es com os Estados Unidos.

"Decidi romper rela��es diplom�ticas e pol�ticas com o governo imperialista dos Estados Unidos. Fora! V�o embora da Venezuela. Aqui existe dignidade, caralho!", disse do terra�o do Pal�cio presidencial de Miraflores.

Diante de uma multid�o de seguidores, Maduro, que deu 72 horas para os diplomatas americanos deixarem o pa�s, qualificou como "a maior insensatez" a postura dos Estados Unidos. "A Venezuela se respeita. Nem golpismo, nem intervencionismo", afirmou.

Agentes da tropa de choque enfrentavam manifestantes opositores em uma regi�o do leste de Caracas, aumentando os temores de mais explos�es de viol�ncia, ap�s dist�rbios que deixaram seis mortos entre a noite de ter�a e a madrugada de quarta-feira na capital e outras cidades do pa�s.

- Explodem dist�rbios -

Pouco antes da autoproclama��o de Guaid�, o Tribunal Supremo de Justi�a (TSJ, de orienta��o governista) determinou que o Minist�rio P�blico investigue criminalmente os integrantes do Parlamento, ao acus�-lo de usurpar as fun��es de Maduro.

Ao Guaid� concluir seu discurso, jornalistas que estavam na tribuna lhe perguntaram se temia ser detido: "N�o, temo por nosso povo que est� vivendo muito mal", respondeu.

As manifesta��es ocorrem em meio � pior crise da hist�ria moderna no pa�s petroleiro, que sofre com escassez de alimentos e medicamentos e uma hiperinfla��o que o FMI projeta em 10.000.000% para 2019. Segundo a ONU, 2,3 milh�es de venezuelanos emigraram desde 2015.

"Tenho f� e esperan�a em Guaid�, um 'chamo' (rapaz) jovem, que pode nos ajudar a seguir adiante", declarou � AFP durante a manifesta��o Florangel Rodriguez, de 49 anos.

A menos de um quil�metro dali, na manifesta��o chavista, Gabriel Garc�a disse estar comprometido com Maduro.

"Trump, aqui est� o povo na rua que n�o vai se dobrar", afirmou.

As marchas, a primeira grande queda de bra�o desde os protestos que deixaram 125 mortos em 2017, coincidem com a data de 61 anos da queda da ditadura de Marcos P�rez Jim�nez.

Em Bol�via, foi queimada uma est�tua do falecido presidente Hugo Ch�vez (1999-2013), que fundou a revolu��o socialista venezuelana, que completa duas d�cadas em 2 de fevereiro.

- Marchas e anistia -

Embora a Justi�a o tenha declarado em desacato e anule todas as suas decis�es desde 2016, o Parlamento, que considera Maduro um "usurpador", aprovou nesta ter�a-feira dar anistia aos militares que colaborarem com um governo de transi��o.

Guaid� anunciou que est� se preparando para uma grande manifesta��o na primeira semana de fevereiro.

"Tomara que essa fam�lia militar se coloque do lado da Constitui��o", manifestou, ao anunciar que a lei de anistia ser� impressa no fim de semana.

Para o l�der do Legislativo, o r�pido levante de 27 militares na segunda-feira demonstra que os chamados aos militares est�o tendo eco.

Embora a For�a Armada se diga unida, segundo a ONG Controle Cidad�o, 180 homens foram detidos em 2018, acusados de conspirar, 10.000 militares pediram baixa desde 2015 e mais de 4.000 desertaram da Guarda Nacional em 2018.

A OEA, que tamb�m declarou a "ilegitimidade" do segundo mandato de Maduro, vai analisar na quinta-feira a situa��o da Venezuela.


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