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Estado de Minas

Em Davos, elite econ�mica est� � procura da felicidade


postado em 24/01/2019 18:25

De uma mesa redonda sobre a solid�o a uma confer�ncia sobre a empatia, passando por uma sess�o di�ria de medita��o, a elite econ�mica reunida no f�rum de Davos busca desesperadamente o segredo da felicidade.

"Sinto muito, est� lotado", anuncia uma atendente �s pessoas que esperam para entrar no centro de conven��es de Davos para uma mesa redonda chamada "A neuroci�ncia da felicidade", organizada pela universidade de Yale.

O sucesso de p�blico pode ser explicado pela participa��o da professora Laurie Santos, cujos cursos sobre psicologia e felicidade s�o, de acordo com a universidade americana, os mais populares de sua hist�ria.

O F�rum Econ�mico Mundial, que anualmente re�ne milhares de empres�rios e ativistas nos Alpes su��os, dedica v�rias sess�es � medita��o, � felicidade, ao bem-estar e ao "mindfullness" - t�cnica de medita��o de aten��o plena.

Nos �ltimos anos, vieram a Davos o monge tibetano Mathieu Ricard, chamado de "o homem mais feliz do mundo" ap�s ser alvo de um estudo da universidade de Wisconsin sobre sua atividade cerebral.

Diante da porta fechada da confer�ncia organizada pela universidade de Yale, Enrique Zambrano, presidente da empresa mexicana Proeza, garante que quer ajudar seus funcion�rios a se "desenvolverem como pessoas, n�o apenas profissionais".

Funcion�rios felizes "s�o mais produtivos", afirma. Mas da exclusiva esta��o de esqui su��a, Zambrano quer que n�o sejam esquecidas as condi��es b�sicas de vida. "N�o se pode ser feliz quando se tem fome".

- 75.000 d�lares -

O sucesso dessas confer�ncias, nas quais os participantes explicam seus sentimentos de solid�o ou vida familiar, poderia ser uma indica��o de que, como diz o ditado, dinheiro n�o compra felicidade - pelo menos a das grandes fortunas do mundo.

Um conhecido estudo realizado entre outros por Angus Deaton, Pr�mio Nobel de Economia, sugere que a partir de um sal�rio de 75.000 d�lares ao ano, montante que cobre as necessidades b�sicas, o "sentimento de satisfa��o" para de aumentar conforme cresce a renda.

Algumas empresas est�o come�ando a ter seus pr�prios "diretores de felicidade" para tentar fazer o mundo dos neg�cios mais feliz tamb�m.

Mas, de acordo com Alain Roumilhac, presidente da Manpower France, "em uma empresa, temos de ajudar as pessoas a resistir � press�o, a felicidade � um assunto privado".

Segundo ele, os "diretores da felicidade", que existem especialmente no Vale do Sil�cio, n�o precisam se tornar decorativos. Em vez de oferecer sess�es de ioga ou pebolim, Roumilhac preferem tomar medidas concretas para evitar o cansa�o - como o trabalho remoto, capacidade de organizar melhor o seu tempo, ou permitir aos trabalhadores "encontrarem sentido no que eles fazem", especialmente atrav�s do trabalho em equipe, disse � AFP.

- Neg�cio lucrativo -

O psic�logo Edgar Cabanas e a soci�loga Eva Illouz n�o se surpreendem pelo interesse do mundo dos neg�cios pelo desenvolvimento pessoal.

"� uma ind�stria mundial, potente e muito lucrativa", que vende livros ou sess�es de desenvolvimento pessoal, explica � AFP."O mercado tem um papel decisivo na forma como as pessoas concebem a felicidade atualmente".

Os autores de um ensaio chamado "Happycratie" ("Happycracia") garantem que, por tr�s deste fen�meno, tamb�m h� interesses econ�micos.

"Pedem as pessoas serem aut�nomas, otimistas e flex�veis, tomarem riscos e serem pessoal e emocionalmente resistentes frente �s condi��es econ�micas e profissionais muito prec�rias e competitivas", garantem Cabanas e Illouz.


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