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Estado de Minas

Crise venezuelana p�e em xeque estrat�gia petroleira da China


postado em 14/02/2019 18:01

A China, maior importador de petr�leo do mundo, e a Venezuela, com suas gigantes reservas da commodity, pareciam feitos um para o outro, mas a crise pol�tica agora amea�a os 50 bilh�es de d�lares que Pequim investiu no pa�s sul-americano.

H� pouco mais de uma d�cada, a China tinha autorizado a Venezuela seus primeiros empr�stimos reembols�veis com barris de petr�leo.

A gigante chinesa buscava uma esp�cie de seguro para seus empr�stimos, e o pa�s sul-americano, dono das maiores reservas do mundo, era particularmente atrativo.

Atualmente, "outros pa�ses da regi�o veem na Venezuela um modelo da forma de fazer neg�cios com a China", comentou Margaret Myers, pesquisadora do grupo de americano Inter American Dialog.

Em uma d�cada, a China multiplicou seus empr�stimos, investimentos em infraestrutura e compras de t�tulos europeus da d�vida venezuelana, enquanto se referia a uma rela��o "mutuamente ben�fica".

Em 2010, o Banco de Desenvolvimento da China (estatal) ofereceu 20 bilh�es de d�lares a Caracas em empr�stimos com condi��es vantajosas. Neste mesmo ano, o presidente venezuelano Hugo Ch�vez anunciava orgulhoso 16 bilh�es de d�lares em investimentos chineses.

Mas a situa��o se transformou ap�s a morte de Ch�vez, em 2013: os pre�os do petr�leo passaram a oscilar violentamente, a queda das receitas fez a d�vida externa da Venezuela alcan�ar 150 bilh�es de d�lares, inclusive os 20 bilh�es.

- China: fator da crise -

Em diversas ocasi�es, o cen�rio se complicou ainda mais com a grave crise pol�tica, hiperinfla��o, dificuldades alimentar e, sobretudo, o caos na produ��o petroleira - que est� em seu n�vel mais baixo em tr�s d�cadas.

Neste contexto, a crise pol�tica "pode por em risco as entregas petroleiras prometidas � China, desorganizar as opera��es de empresas estatais chinesas na Venezuela", disse Benjamin Gedan, conselheiro do centro de pesquisa americano Wilson Center.

Por fim, "novas for�as pol�ticas poderiam chegar ao poder" e decidir n�o honrar os compromissos com a China, acrescentou.

Em uma analogia, o caso venezuelano ilustra os riscos da Roda da Seda - gigantesco programa de infraestrutura lan�ado pela China atrav�s de �sia, Europa e �frica -, por meio de empr�stimos enormes a pa�ses j� endividados.

Para Gedan, "ao ter um papel t�o central na Venezuela, Pequim acaba validando a tese do governo americano, de que os financiamentos chineses agravam a corrup��o e adoecem economias emergentes".

Para Matt Ferchen, do centro Carnegie-Tsinghua sobre Pol�tica Global, em Pequim, a Venezuela � testemunha dos obst�culos da "diplomacia do yuan": a China facilita "as m�s decis�es de pol�tica econ�mica em Caracas, especialmente diante da crise financeira".

Por isso, indica Ferchen, a Venezuela pode rejeitar as institui��es financeiras internacionis e prefere buscar o apoio de R�ssia e China, a quem n�o deve prestar contas.

- Fundos evaporados -

"Os empr�stimos chineses exigiam poucas condi��es e responsabilidades. Na Venezuela, bilh�es de d�lares foram gastos em projetos com motiva��es pol�ticas ou se evaporaram", disse Myers.

As autoridades chinesas expressa seu apoio ao presidente Nicol�s Maduro mas sem promessas, enquanto espera ter um panorama mais claro sobre a solv�ncia de Caracas.

Mas um relat�rio do Inter American Dialogue afirma que os bancos chineses de desenvolvimento n�o acordaram nenhum empr�stimo para a Venezuela em 2017.

Da mesma forma, a China se diz preparada para trabalhar com quem quer que assuma o poder na Venezuela. O opositor Juan Guaid�, por sua vez, afirmou que honraria os pagamentos � China.


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