Militares venezuelanos e manifestantes se enfrentaram neste s�bado (23) ao anoitecer na fronteira com o brasil, ap�s o recuo de dois caminh�es com ajuda humanit�ria que n�o conseguiram entrar no pa�s caribenho, comprovou a AFP.
O protesto, que come�ou com um grupo de 50 jovens que atiraram coquet�is molotov e pedras contra militares do lado venezuelano, chegou a reunir 500 pessoas antes de membros das for�as de seguran�a os dispersarem com bombas de g�s lacrimog�neo.
Os manifestantes atearam fogo ao matagal em volta do posto do Ex�rcito venezuelano, onde havia dois ve�culos estacionados, que foram impactados pelos artefatos caseiros e tamb�m acabaram incendiados.
Na localidade venezuelana de Santa Elena de Uair�n, a 20 km da fronteira, ocorreram incidentes violentos que deixaram ao menos dois mortos, segundo um porta-voz da ONG venezuelana F�rum Penal.
Outros cinco venezuelanos feridos no confronto foram levados de ambul�ncia para o Brasil.
"Os dois mortos s�o resultantes da repress�o de de militares durante dist�rbios em Santa Elena de Uair�n. Ambos morreram por impactos de bala, um deles na cabe�a", declarou � AFP Olnar Ortiz, ativista na regi�o da ONG F�rum Penal, cr�tica ao governo de Nicol�s Maduro.
Os dist�rbios foram registrados em dois pontos de Uair�n, onde militares venezuelanos bloqueavam a entrada de ajuda humanit�ria. Moradores favor�veis � entrada da carga ergueram barricadas nas ruas para evitar o avan�o dos militares rumo � fronteira.
Duas ambul�ncias transportando cinco venezuelanos feridos a bala em confrontos com as for�as de seguran�a entraram na cidade brasileira de Pacaraima, informaram autoridades brasileiras.
Dois feridos foram levado para o Hospital Geral de Roraima, na capital Boa Vista, a 215 km de Pacaraima, e outros tr�s est�o a caminho de outro centro hospitalar, informou a secretaria do governo da Roraima.
O estado de sa�de dos cinco � grave, segundo a fonte.
"A coisa est� feia no centro. H� tanques, eles nos atacam e n�s atacamos os tanques", contou um habitante que n�o quis se identificar, falando por telefone com a AFP.
Outra pessoa da �rea disse que, segundo uma enfermeira do Hospital Ros�rio Vera Zurita, em Gran Sabana, territ�rio venezuelano, os feridos seriam 19.
"H� uma atmosfera tensa, os tanques ainda est�o l� e a maioria dos habitantes agora est� nas proximidades do hospital", afirmou.
As ambul�ncias brasileiras conseguiram entrar no territ�rio venezuelano apesar de a fronteira venezuelana permanecer oficialmente fechada desde quinta-feira por ordem do presidente Nicol�s Maduro.
Na v�spera, v�rias ambul�ncias cruzaram a fronteira para o Brasil levando 13 feridos.