
"Os dois mortos s�o resultantes da repress�o de de militares durante dist�rbios em Santa Elena de Uair�n. Ambos morreram por impactos de bala, um deles na cabe�a", declarou � AFP Olnar Ortiz, ativista na regi�o da ONG F�rum Penal, cr�tica ao governo de Nicol�s Maduro.
Os dist�rbios foram registrados em dois pontos de Uair�n, onde militares venezuelanos bloqueavam a entrada de ajuda humanit�ria. Moradores favor�veis � entrada da carga ergueram barricadas nas ruas para evitar o avan�o dos militares rumo � fronteira.
Duas ambul�ncias transportando cinco venezuelanos feridos a bala em confrontos com as for�as de seguran�a entraram na cidade brasileira de Pacaraima, informaram autoridades brasileiras.
Dois feridos foram levado para o Hospital Geral de Roraima, na capital Boa Vista, a 215 km de Pacaraima, e outros tr�s est�o a caminho de outro centro hospitar, informou a secretaria do governo da Roraima.
O estado de sa�de dos cinco � grave, segundo a fonte.
A m�dica venezuelana Carla Servit�, que viajou em uma das ambul�ncias, disse � imprensa que mais feridos s�o esperados devido aos violentos confrontos em Santa Elena de Uair�n, a 20 km da fronteira.
O deputado venezuelano Luis Silva informou que os confrontos na fronteira deixaram quatro mortos e mais de dez feridos.
"¡Presidente (Maduro) esta � tua For�a Armada, veja como atiram em n�s!", denunciou Jos� David Morales, de 45 anos, mostrando restos de proj�teis disparados no setor El Salto, de Bol�var, onde vos moradores exigiam a passagem da ajuda humanit�ria.
"A Guarda est� reprimindo o povo, come�aram atirando bombas de g�s lacrimog�neo e balas de pl�stico, depois come�aram a disparar balas de verdade (...) N�s n�o temos armas (...) Aqui, todos estamos passando fome", refor�ou Morales em declara��es � AFP.
Os relatos falam de violentos confrontos entre habitantes e membros da Guarda Nacional Bolivariana em Santa Elena de Uair�n.
"A coisa est� feia no centro. H� tanques, eles nos atacam e n�s atacamos os tanques", contou um habitante que n�o quis se identificar, falando por telefone com a AFP.
Outra pessoa da �rea disse que, segundo uma enfermeira do Hospital Ros�rio Vera Zurita, em Gran Sabana, territ�rio venezuelano, h� 19 feridos.
"H� uma atmosfera tensa, os tanques ainda est�o l� e a maioria dos habitantes agora est� nas proximidades do hospital", afirmou.
As ambul�ncias brasileiras conseguiram entrar no territ�rio venezuelano apesar de a fronteira venezuelana permanecer oficialmente fechada desde quinta-feira por ordem do presidente Nicol�s Maduro.
Na sexta-feira, outro confronto com militares deixou um morto e quinze feridos no assentamento venezuelano Kumarakapay, a pouco mais de uma hora da fronteira com o Brasil, quando os moradores tentavam de impedir o fechamento da fronteira, determinado pelo presidente Nicol�s Maduro.
Inicialmente falou-se de dois mortos, mas mais tarde constatou-se que a segunda pessoa se recuperava de ferimentos graves em um hospital do lado brasileiro, segundo a ONG Provea.
As fronteiras da Venezuela com a Col�mbia e com o Brasil foram fechadas por determina��o de Maduro, que considera a ajuda um pretexto para uma interven��o militar americana.
A ajuda foi pedida pelo opositor Juan Guaid�, reconhecido como presidente interino por 50 pa�ses.