O xeque Ahmed al-Tayeb, o grande im� da institui��o do Isl� sunita Al-Azhar, declarou neste s�bado (2) que a poligamia � uma "injusti�a" para as mulheres e n�o � uma lei isl�mica, e suscitou um grande debate no Egito.
Essa n�o � a primeira vez que o grande im� se expressa com rela��o � poligamia desde que assumiu essa responsabilidade, em 2010. J� havia feito o mesmo em 2016, quando o presidente Abdel Fatah al-Sisi fez um chamado a renovar o discurso religioso.
Mas essa � a primeira vez que o xeque chama a poligamia de "injusti�a", por considerar que n�o respeita o princ�pio de "equidade" indicado no Alcor�o.
Essa manifesta��o do xeque foi elogiada pelo Conselho Nacional da Mulher. A presidente do Conselho, Maya Morsi, afirmou que "a religi�o mu�ulmana homenageia a mulher, oferece justi�a e concede numerosos direitos que n�o existiam antes".
Em meio a uma pol�mica nas redes sociais eg�pcias, a institui��o Al-Azhar detalhou em seu site oficial que a decis�o do xeque n�o significava uma proibi��o da poligamia.
Na sexta-feira � noite, Al-Azhar publicou no Twitter uma mensagem com declara��es do xeque Tayeb sobre a "necessidade de renovar o que concerne �s quest�es relativas � mulher".
"As mulheres representam metade da sociedade, e se n�o cuidarmos seria como tentar caminhar com um s� p�", apontou.
Em outra declara��o, o xeque apontou que a "poligamia � muitas vezes uma injusti�a contra as mulheres e as crian�as", j� que � resultado de uma "incompreens�o do Alcor�o e da tradi��o do Profeta".
Segundo o Alcor�o, "a multiplicidade [de esposas] deve obedecer �s condi��es de equidade, e se n�o houver equidade fica proibido ter m�ltiplas esposas", lembrou o chefe religioso.