A primeira-ministra da Nova Zel�ndia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira a proibi��o imediata da venda de fuzis de assalto e outras armas longas semiautom�ticas no pa�s, em resposta ao ataque contra duas mesquitas em Christchurch, que deixaram 50 mortos.
"Anuncio que a Nova Zel�ndia proibir� todas as armas semiautom�ticas de estilo militar. Tamb�m proibiremos todos os fuzis de assalto", disse Ardern, que tamb�m anunciou medidas provis�rias para evitar uma enxurrada de compras antes da entrada em vigor da proibi��o.
"A consequ�ncia ser� que ningu�m poder� comprar estas armas sem uma autoriza��o da pol�cia e posso garantir que n�o ter� sentido solicitar tal permiss�o".
Ardern tamb�m anunciou a proibi��o de carregadores de grande capacidade e dos dispositivos que permitem realizar disparos mais r�pidos.
"Para resumir, cada arma semiautom�tica empregada no ataque terrorista de sexta-feira ser� proibida neste pa�s".
Para as armas j� adquiridas, Ardern anunciou um sistema de recompra que exigir� entre 100 e 200 milh�es de d�lares neozelandeses (entre 69 e 139 milh�es de d�lares), em fun��o do volume de armas recebidas.
Quem mantiver as armas ap�s o per�odo de anistia enfrentar� multas de at� 4 mil d�lares e tr�s anos de pris�o.
Na sexta-feira passada, o supremacista branco australiano Brenton Tarrant utilizou um fuzil de assalto nos ataques contra duas mesquitas de Christchurch, em um massacre transmitido ao vivo pelo agressor no Facebook.
A reforma da legisla��o sobre armamento prometida pelo governo ser� apresentada ao Parlamento no in�cio de abril, mas o Executivo decidiu estabelecer medidas provis�rias para evitar uma avalanche de compras, o que significa que a proibi��o j� entrou em vigor de fato.
A pol�cia da Nova Zel�ndia anunciou que todos os 50 mortos nos atentados foram identificados, o que permitir� seu enterro.
"Posso afirmar que h� alguns minutos conclu�mos a identifica��o total das 50 v�timas e que todas as fam�lias foram notificadas", declarou o comiss�rio Mike Bush.
A dor pela perda dos entes queridos no massacre foi agravada pelo fato de que as autoridades n�o entregaram os corpos no prazo de 24 horas para o enterro, como determina a tradi��o mu�ulmana.
Nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, centenas de pessoas se reuniram para mais funerais de v�timas do ataque, incluindo uma moradora de Christchurch convertida ao isl� e um idoso que tentou cumprimentar o homem que depois cometeu o massacre.
V�rios estudantes choravam pelas mortes de Sayyad Milne, de 14 anos, e Tariq Omar, 24.
O pai de Sayyad, John Milne, afirmou que o adolescente foi morto quando rezava na mesquita de Al Noor.
Entre os presentes estavam muitos alunos da escola do ensino m�dio Cashmere, frequentada tanto por Sayyad como por Hamza Mustafa, um refugiado s�rio enterrado na quarta-feira.