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Estado de Minas INTERNACIONAL

Apoio de Bolsonaro a Pinochet complica Pi�era


postado em 23/03/2019 07:25

"N�o vim aqui para falar do Pinochet", foi uma das primeiras frases do presidente Jair Bolsonaro ao desembarcar em Santiago, na quinta-feira, 21, para tr�s dias de visita oficial ao Chile. A declara��o n�o foi suficiente. A oposi��o ao presidente chileno Sebasti�n Pi�era tem usado a visita do brasileiro ao Chile como muni��o contra o governo.

O principal ponto explorado pela oposi��o � a defesa que integrantes do governo Bolsonaro fazem do ditador Augusto Pinochet, cujo regime � acusado de ter deixado 40 mil v�timas, entre mortos, desaparecidos e torturados, entre 1973 e 1990.
"� especialmente desconfort�vel para um presidente de direita democr�tico ter algu�m mencionando Pinochet com uma conota��o positiva. Para a direita chilena, tem sido dif�cil se afastar do fantasma de Pinochet. Ningu�m � direita est� feliz porque Bolsonaro est� nomeando Pinochet. Isso atinge o governo. Isso faz com que ele se sinta desconfort�vel", disse o cientista pol�tico chileno Patricio Navia, professor da Universidade de Nova York.

O presidente da C�mara dos Deputados, Iv�n Flores, e o do Senado, Jaime Quintana, ambos oposicionistas, recusaram o convite de Pi�era para participar de um almo�o em homenagem a Bolsonaro neste s�bado, 23, no pal�cio La Moneda, sede do governo chileno.

Quintana reagiu fortemente a uma declara��o, feita na v�spera pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "No per�odo de Pinochet, o Chile teve de dar um banho de sangue. Triste, o sangue lavou as ruas do Chile, mas as bases macroecon�micas fixadas naquele governo... J� passaram oito governos de esquerda e nenhum mexeu nas bases macroecon�micas colocadas no Chile no governo Pinochet", disse � R�dio Ga�cha.

Quintana classificou na sexta-feira, 22, a frase de Onyx como "um desatino que n�o tem compara��o" e disse n�o se recordar de declara��es desse n�vel por parte de um governo cujo mandat�rio pisou em solo chileno. "Creio que isso � um agravo n�o s� � oposi��o, n�o s� �s v�timas, mas a todo o pa�s", afirmou o senador.

Na sexta, o advogado Ra�l Meza, defensor de repressores presos por crimes cometidos durante a ditadura, entregou uma carta na Embaixada do Brasil em Santiago pedindo que Bolsonaro aproveitasse a viagem para fazer uma visita ao pres�dio de Punta Peuco para, "na condi��o de militar", ver de perto a situa��o em que se encontram os militares condenados por viola��es aos direitos humanos durante a ditadura chilena. A comitiva de Bolsonaro se recusou a comentar o assunto, sob a alega��o de que se trata de um tema de interesse interno do governo chileno.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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