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Estado de Minas INTERNACIONAL

Avi�es da R�ssia desembarcam militares e equipamentos em Caracas


postado em 25/03/2019 05:44

CARACAS
Dois avi�es da For�a A�rea da R�ssia chegaram ontem ao Aeroporto de Maiquet�a, nos arredores de Caracas, com equipamentos e militares, em meio a amea�as do presidente Nicol�s Maduro contra o l�der opositor Juan Guaid�. Segundo diplomatas russos, a chegada de um cargueiro e de um jato faz parte de acordos de coopera��o militar assinados com o governo da Venezuela.
Segundo o di�rio El Nacional, os dois avi�es militares russos aterrissaram na tarde de s�bado, transportando uma centena de militares liderados pelo general Vasily Tonkoshkurov, diretor do alto comando das For�as Armadas russas. De acordo com o jornal, pelo menos 35 toneladas de materiais e equipamentos foram desembarcados em Caracas.

Contactadas pela France Presse, autoridades venezuelanas n�o comentaram o caso. Sites russos de linha editorial favor�vel ao Kremlin, citando diplomatas que servem em Caracas, garantiram que n�o h� nenhum "mist�rio" envolvendo a viagem, que segue crit�rios previstos em acordos t�cnicos e militares assinados h� anos.
R�ssia e China, principais credores da d�vida externa da Venezuela (estimada em US$ 150 bilh�es), t�m sido dois dos maiores aliados do governo de Maduro em meio a uma crescente press�o internacional para que ele abandone o poder. A colabora��o militar entre Caracas e Moscou se fortaleceu desde o inicio do chavismo, com a compra de equipamentos e de armamento militar.

Em dezembro, dois bombardeiros nucleares Tu-160, um avi�o de carga e outro de passageiros foram enviados pela R�ssia para a Venezuela para participar de exerc�cios de defesa com as For�a Armadas da Venezuela.

A oposi��o venezuelana reagiu com cr�ticas. O deputado Williams D�vila afirmou que a presen�a de miss�es militares estrangeiras na Venezuela � ilegal por n�o contar com a autoriza��o da Assembleia Nacional, controlada pela oposi��o. Desde 2016, no entanto, o Parlamento teve suas compet�ncias legislativas anuladas pelo chavismo.

No s�bado, a c�pula do governo venezuelano acusou o l�der opositor Juan Guaid� de participar de um compl� de magnic�dio, junto com seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, preso na semana passada.

Segundo Maduro e o ministro da Informa��o, Jorge Rodr�guez, eles estariam usando os recursos das san��es americanas para planejar matar o presidente.
Falsas den�ncias de planos de magnic�dio s�o comuns no chavismo e Guaid� rejeitou as acusa��es, feitas no momento em que se completam dois meses do dia em que o l�der opositor declarou-se presidente interino do pa�s.

For�a. Analistas avaliam que, passado o per�odo de maior press�o da oposi��o, o chavismo tenha ganhado f�lego ao apostar na falta de resultados da estrat�gia formulada pela oposi��o, a exemplo do que ocorreu nos protestos de rua de 2014 e de 2017.

Amea�ado pelos Estados Unidos de qualquer a��o contra Guaid�, o chavismo conseguiu evitar a deser��o em massa de militares, como planejavam a oposi��o e os Estados Unidos, e manteve o controle do n�cleo duro do regime.

"O governo est� fazendo de tudo para criar na popula��o um sentimento de exaspera��o contra Guaid� para que a popula��o perca a f� nele", disse o especialista do Washington Office on Latin America, Geoff Ramsey. "A ascens�o de Guaid� foi muito r�pida. A queda tamb�m pode ser."

Desde que Guaid� retornou � Venezuela sem ser preso, desafiando autoridades chavistas, ele e Maduro parecem travar um jogo de espera. Enquanto Guaid� tem apoio da comunidade internacional, Maduro segue no controle das institui��es do Estado.

Analistas acreditam tamb�m que os Estados Unidos erraram ao jogar de uma s� vez todo seu peso diplom�tico, com san��es contra o petr�leo venezuelano e contra a elite chavista, na expectativa de que o Ex�rcito abandonasse Maduro rapidamente, o que nunca ocorreu.

"Maduro agora sabe que os Estados Unidos apostaram todas as suas fichas numa estrat�gia de m�dio prazo", avalia Christopher Sabatina, da Universidade de Columbia. (Com ag�ncias internacionais)


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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