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Estado de Minas INTERNACIONAL

A dias da elei��o em Israel, seguran�a na Cisjord�nia se torna preocupa��o


postado em 08/04/2019 08:03

Autoridades palestinas e grupos moderados de Israel criticaram neste domingo, 7, a promessa do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, de anexar partes da Cisjord�nia. Na reta final da campanha eleitoral, o premi� tem radicalizado o discurso em busca do voto de colonos que vivem em assentamentos e da extrema direita religiosa, mas isso despertou preocupa��es sobre o futuro da coopera��o existente na regi�o em temas de seguran�a e diplomacia.

No s�bado, em entrevista a uma TV de Israel, Netanyahu disse que anexaria partes da Cisjord�nia se fosse reeleito. Ele havia sido questionado sobre a possibilidade de estender a soberania israelense sobre os assentamentos, assim como foi feito em Jerusal�m Oriental e nas Colinas do Golan, territ�rios ocupados em 1967. "Voc� est� me perguntando se passaremos para a pr�xima fase? Sim. E n�o fa�o distin��o entre grandes assentamentos e aqueles mais isolados", disse.

Neste domingo, autoridades palestinas reagiram. Riad Malki, chanceler da Autoridade Palestina (AP), disse que Netanyahu ter� de lidar com um "problema real" se cumprir sua promessa. Segundo Malki, as amea�as t�m como objetivo mobilizar a base de Bibi na reta final da disputa acirrada contra Benny Gantz, ex-chefe das For�as Armadas.

"Mas, se Netanyahu declarar a soberania israelense sobre a Cisjord�nia, ent�o ter� de lidar com a presen�a de 4,5 milh�es de palestinos. O que fazer com eles?", questionou Malki. "Israel n�o pode expulsar os palestinos. N�s vamos ficar l�."

Saeb Erekat, um dos mais conhecidos negociadores palestinos, culpou a comunidade internacional e o governo dos EUA. "Israel continuar� a violar descaradamente a lei internacional enquanto a comunidade internacional continuar a recompensar Israel impunemente, particularmente com o apoio de Donald Trump e o endosso da viola��o dos direitos humanos do povo da Palestina", disse Erekat, em comunicado.

Gantz, o �nico capaz de destronar Netanyahu na elei��o desta ter�a-feira, 9, ridicularizou o momento da promessa. "Netanyahu poderia ter feito isso em algum momento nos �ltimos 13 anos, mas n�o fez. Eu me pergunto por qu�", disse o general, que no domingo se vestiu de motoqueiro e fez campanha em Tel-Aviv. "Anunciar uma decis�o estrat�gica hist�rica numa campanha eleitoral � irrespons�vel."

Questionado sobre sua posi��o, Gantz disse que se opunha a qualquer decis�o "unilateral". "Faremos todo o poss�vel para alcan�ar um acordo de paz regional e global", explicou.

Falando sobre as declara��es de Netanyahu, o ministro das Rela��es Exteriores da R�ssia, Serguei Lavrov, expressou no domingo preocupa��o com o que chamou de "decis�es ileg�timas" dos EUA na regi�o. "Para n�s, a solu��o s� vir� do di�logo entre os pa�ses, porque a��es unilaterais nunca levar�o a nada de bom." O Departamento de Estado dos EUA n�o comentou as promessas do premi�.

Nas �ltimas elei��es, em 2015, Bibi usou uma estrat�gia semelhante. Na ocasi�o, ele publicou um v�deo dizendo que os �rabes estariam "indo votar em massa" contra o seu partido, o Likud. Deu certo. Muitos conservadores religiosos correram para as urnas para apoi�-lo. Agora, empatado com Gantz nas pesquisas, Bibi precisa do voto dos mesmos eleitores.

O problema � que dentro de Israel muitos questionam a extens�o da soberania na Cisjord�nia. Um estudo assinado por um grupo que se descreve como "independente e apartid�rio" advertiu que a anexa��o de partes do territ�rio palestino seria um desastre para Israel.

"Acabaria com a coopera��o em temas de seguran�a e causaria o desmantelamento da AP, levando o Ex�rcito a ocupar toda a Cisjord�nia e a impor uma administra��o militar, possivelmente culminando na anexa��o total do territ�rio e de seus 2,6 milh�es de habitantes", diz o estudo, assinado por generais da reserva, ex-agentes do Mossad, do Shin Bet (seguran�a interna) e da pol�cia israelense. "O preju�zo aos interesses de Israel nas esferas de seguran�a, diplomacia e economia seriam sem precedentes."

No domingo, o Ex�rcito israelense anunciou que os pontos de acesso a partir da Faixa de Gaza e da Cisjord�nia ocupada ficar�o fechados durante esta ter�a em raz�o das elei��es. A medida � tomada em dias festivos para evitar poss�veis ataques.

Disputa

Segundo as �ltimas pesquisas, a elei��o segue polarizada entre Netanyahu e Gantz. Os dois t�m cerca de 25% dos votos e poderiam obter cerca de 30 deputados cada um, de um total de 120 no Parlamento. O pr�ximo governo, no entanto, ser� determinado por uma coaliz�o com a outra metade dos votos, que est�o pulverizados em pequenos partidos.

Quando somados os votos por grupos pol�ticos, a chamada "direita religiosa", de Bibi, obteria cerca de 65 cadeiras. A centro-esquerda, de Gantz, faria 55 deputados. No entanto, uma cl�usula de barreira de 3,25% dos votos deve eliminar v�rias legendas nanicas, complicando os c�lculos. � por isso que Netanyahu tem feito um apelo � extrema direita. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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