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Estado de Minas INTERNACIONAL

Soberania sobre Colinas de Golan soa mais f�cil


postado em 08/04/2019 09:49 / atualizado em 08/04/2019 10:29

O Monte Bental � um observat�rio natural de 1.171 metros de altura que domina a plan�cie s�ria. Em dia claro, Damasco aparece no horizonte, a 60 quil�metros dali. Durante os piores momentos da guerra civil na S�ria, os moradores do Golan circulavam pelas trincheiras e pelo bunker, escavados h� meio s�culo, para ver um pa�s se desfazer em tempo real. "Daqui de cima dava para ver as explos�es", conta o brasileiro Natan Gelernter, que vive h� mais de 30 anos em Ortal, kibutz perto da fronteira.

Uma investiga��o do jornal Haaretz revelou em mar�o que o governo de Israel, incluindo o premi�, Binyamin Netanyahu, negociava secretamente com o presidente s�rio, Bashar Assad, a devolu��o das Colinas do Golan em troca de expulsar da S�ria os iranianos e o Hizbollah, mil�cia xiita libanesa.

No livro de mem�rias Every Day Is Extra, John Kerry, ex-secret�rio de Estado dos EUA, confirma a exist�ncia de uma carta de Assad ao presidente Barack Obama pedindo que os americanos intermediassem a negocia��o. Segundo o Haaretz, os dois lados chegaram a trocar memorandos, rascunhos e declara��es de princ�pios.

Todos os contatos, no entanto, foram interrompidos em mar�o de 2011, ap�s Assad come�ar a reprimir os protestos populares contra o regime. A guerra civil parece ter sepultado definitivamente a devolu��o do territ�rio para a S�ria.

Israel conquistou quatro territ�rios na Guerra dos Seis Dias. Dois foram abandonados: o Sinai foi devolvido ao Egito e a Faixa de Gaza est� sob o controle do Hamas. Os outros dois ainda est�o ocupados. A Cisjord�nia � um caso demograficamente perdido e um enrosco diplom�tico para o governo israelense, mas a legitimidade sobre o Golan � mais f�cil de vender.

Apesar de ser mais f�rtil que outras partes de Israel, a regi�o ainda � a menos povoada do pa�s - s�o 40 habitantes por quil�metro quadrado -, mesmo ap�s 50 anos de sinal verde para a expans�o de assentamentos israelenses. Segundo dados oficiais, 47 mil pessoas vivem no territ�rio, mas apenas 20 mil judeus. Se tivesse seguido o mesmo ritmo de crescimento da Cisjord�nia, o Golan deveria ter pelo menos 80 mil judeus.

Atualmente, o territ�rio pode ser dividido em tr�s: os quatro vilarejos drusos que restaram dos tempos de S�ria; Katzrin, �nica aglomera��o urbana do Golan, e os cerca de 30 kibutz pela regi�o.

Em 1967, cerca de 100 mil s�rios abandonaram o Golan - 7 mil ficaram. A reportagem esteve em dois vilarejos drusos, Majdal Shams e Buq'ata, e constatou uma profunda divis�o geracional. Os mais velhos ainda se sentem s�rios. Os jovens, n�o. No entanto, a maioria da popula��o recusa a cidadania israelense.

Hoje, o Golan vive da agricultura e do turismo. De l�, desce boa parte da �gua que enche o Mar da Galileia e a bacia do Rio Jord�o. Do territ�rio saem 40% das frutas produzidas por Israel. S�o 50 mil toneladas de ma��, uva, kiwi, nectarina, p�ssego e cereja - o suficiente para exportar e encher as prateleiras dos supermercados, de Eilat a Nahariya. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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