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Estado de Minas

Trabalhistas israelenses tentam recuperar espa�o pol�tico


postado em 08/04/2019 09:55 / atualizado em 08/04/2019 10:29

Eyal Vardi votou no Partido Trabalhista israelense a maior parte de sua vida, mas agora, nas elei��es de 9 de abril, quer apoiar um candidato com chances de ganhar - mais um sinal da perda de influ�ncia desta sigla que foi dominante durante anos.


Em uma reuni�o recente em Jerusal�m com um candidato de outro partido, Eyal Vardi, de 60 anos, reclamou que os trabalhistas abandonaram suas ra�zes de esquerda.


Por isso, agora votar� no Partido Azul e Branco. "N�o s�o realmente diferentes. Por isso, � melhor dar meu voto para eles", afirmou, elogiando o candidato Michael Biton.


A decis�o de Vardi � simb�lica do desencanto dos eleitores do Partido Trabalhista, que dominou a pol�tica israelense nos anos posteriores � funda��o do pa�s, em 1948, e que, em 1990, tornou poss�vel os acordos de paz de Oslo com os palestinos.


Sua influ�ncia se diluiu, por�m, e a pol�tica israelense girou para a direita.


Sob a lideran�a de Avi Gabbay, que chegou em 2017, os trabalhistas abandonaram, em grande medida, seu passado pacifista. Segundo as pesquisas, nas elei��es de 9 de abril podem conseguir dez do total de 120 cadeiras do Parlamento.


Agora, a principal amea�a para o Likud, partido de extrema direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, � o Azul e Branco, liderado pelo ex-chefe militar Benny Gantz.


O Partido Trabalhista, antes chamado Mapai, liderou a pol�tica israelense at� 1977, ocasi�o da chegada do Likud. Desde ent�o, ocupou o poder por oito anos, dois deles como parte de um governo de unidade com o Likud.


Esse per�odo incluiu os acordos de Oslo de 1990, negociados pelo primeiro-ministro Yitzhak Rabin e pelo ent�o ministro das Rela��es Exteriores, Shimon Peres.


Rabin foi assassinado por um extremista judeu em 1995, e os acordos de Oslo continuam sendo alvo de controv�rsia entre os israelenses.


Em 1999, a vit�ria de Ehud Barak e de seu governo de dois anos foram a �ltima vez que houve uma coaliz�o liderada pelos trabalhistas.


Em 2015, uma fus�o de �ltimo minuto com o centrista Hatnuah para formar a Uni�o Sionista o ajudou a conquistar o segundo maior bloco parlamentar, depois do Likud.


Este ano, por�m, concorrendo sozinho, dificilmente os trabalhistas conseguir�o algo melhor do que um terceiro lugar. Assim como muitos de seus eleitores, seus dirigentes tamb�m debandaram para outros partidos.


O pr�prio Michael Biton, agora candidato do Azul e Branco, foi duas vezes prefeito da cidade de Yeruham pelo Partido Trabalhista.


"Historicamente, [o Partido Trabalhista] se identificou com o processo de Oslo", disse Shmuel Rosner, um pesquisador do Instituto de Pol�ticas do Povo Judeu.


Esses acordos n�o conseguiram, por�m, selar uma paz duradoura. A Segunda Intifada palestina, que come�ou em 2000, � considerada por muitos israelenses como a prova de que os acordos foram um equ�voco.


"T�o logo o processo se esvaneceu e se tornou inaceit�vel para os judeus em Israel, o Partido Trabalhista n�o conseguiu se mover rapidamente para o centro", acrescentou Rosner.


O centro foi ocupado por novos partidos, ao mesmo tempo em que o espa�o dos trabalhistas para a esquerda foi captado pelo Partido Meretz. "Os trabalhistas ficaram em um limbo", completou o analista.


Outro fator do decl�nio da legenda s�o as mudan�as demogr�ficas.


Historicamente, os eleitores trabalhistas eram judeus de origem europeia, de comunidades agr�colas e muito seculares, uma popula��o agora em queda.


N�o conseguiram, contudo, conectar-se com setores que apresentaram crescimento, como os judeus do Oriente M�dio e do norte da �frica. Isso explica a decis�o de escolher como l�der Gabay, um homem de origem marroquina.


Tanyah Murkes, de 34 anos e que vive na cidade de Modiin, hesita entre os trabalhistas, Azul e Blanco e Meretz.


"Acredito que, no fim das contas, votarei nos trabalhistas para fortalecer a esquerda israelense", declarou esta diretora de uma ONG que promove a participa��o de mulheres nas institui��es de rela��es exteriores e de seguran�a nacional.


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