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Estado de Minas

Victor Hugo, salvador de uma Notre-Dame amea�ada no s�culo XIX


postado em 16/04/2019 12:31

Victor Hugo, com sua obra-prima "Notre-Dame de Paris", iniciou o movimento que salvou no s�culo XIX a catedral parisiense, na �poca abandonada, explica � AFP o historiador Adrien Goetz.

"O romance 'Notre-Dame de Paris', lan�ado em 1831, foi o respons�vel pela tomada de consci�ncia do estado no qual a catedral se encontrava naquela �poca", explica este membro da Academia de Belas Artes, autor do pref�cio do romance em sua edi��o Folio-Classique.

"A catedral de Notre-Dame havia atravessado a Revolu��o, o Imp�rio, ela estava em um estado muito cr�tico", explica.

Especialmente porque o edif�cio sofreu duramente os saque durante a Revolu��o de 1830 e os motins de Saint-Germain l'Auxerrois em 1831.

"Este romance foi escrito como um apelo para defender as constru��es da Idade M�dia e Notre-Dame de Paris", explica Goetz, apontando, mais amplamente, uma reapropria��o da Idade M�dia ap�s o Iluminismo.

"H� um retorno a um imagin�rio medieval no in�cio do s�culo XIX", explica o historiador.

A obra "foi t�o bem sucedida, a partir de 1832, que virou moda e levou, gradualmente, � cria��o do servi�o de monumentos hist�ricos, do qual Prosper M�rim�e se tornou o primeiro inspetor em 1834. � ele que confiou o projeto de restaura��o da catedral a Viollet-Le-Duc".

"H� longos cap�tulos que s�o como digress�es, mas que para Victor Hugo s�o, sem d�vida, o essencial, onde ele defende os monumentos, ele defende uma Idade M�dia que foi abandonada e denuncia os saques cometidos pelos arquitetos do final do s�culo XVIII e in�cio do s�culo XIX. Ele queria que o povo compreendesse a hist�ria do monumento e se comprometesse em salv�-lo ", acrescenta.

"Isso corresponde a fazer o leitor descobrir os rom�nticos de uma Idade M�dia que pode fazer sonhar, depois dos anos alimentados apenas da antiguidade grega e romana", continua o historiador.

Ap�s a publica��o do romance, "come�ou-se a colecionar objetos da Idade M�dia, descobrir uma heran�a que foi muito prejudicada pelos anos da Revolu��o e do Imp�rio".

No cap�tulo intitulado "Notre-Dame", Victor Hugo escreve: "Sem d�vida, ainda hoje � um edif�cio majestoso e sublime a igreja de Notre-Dame de Paris".

"Mas", ele acrescenta, "apesar de bonita � medida que envelhece, � dif�cil n�o suspirar, n�o ficar indignado com as degrada��es, mutila��es incont�veis, que o tempo e os homens inflingiram a este monumento vener�vel, sem respeito algum por Carlos Magno, que colocou a primeira pedra, por Filipe Augusto, que depositou a �ltima".


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