O ex-respons�vel pelas opera��es da Odebrecht no Peru confirmou nesta ter�a-feira � promotoria peruana que a construtora entregou dinheiro � campanha eleitoral do falecido presidente Alan Garc�a, em 2006. Em declara��es � emissora peruana N, a partir da cidade brasileira de Curitiba, o promotor peruano Rafael Vela disse que, durante a jornada "somente (se falou) sobre financiamento de campanha do senhor Garc�a do ano 2006".
Vela acrescentou que a informa��o entregue pelo ex-superintendente da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, "tem sido rigorosa e o que posso dizer � que estamos em condi��es de dizer que a hip�tese de investiga��o do Minist�rio P�blico est� comprovando".
Garc�a chegou ao poder pela segunda vez em 2006 e governou at� 2011. Antes havia governado o Peru no per�odo entre 1985 e 1990. O promotor n�o revelou a quantidade de dinheiro que teria sido entregue � campanha eleitoral do ex-presidente.
Os promotores peruanos que investigam a elite pol�tica peruana ligada aos delitos cometidos pela Odebrecht interrogam desde a ter�a-feira at� a sexta-feira dois ex-executivos da empresa em Curitiba, ap�s a assinatura no in�cio do ano de um acordo com a companhia para que sejam revelados nomes de pol�ticos peruanos corrompidos em troca de que a construtora pague uma multa milion�ria e possa seguir trabalhando no pa�s.
Garc�a se suicidou na semana passada quando ia ser preso pela pol�cia, no �mbito das investiga��es da Odebrecht. Ele sempre negou ter recebido dinheiro da companhia brasileira.
Todos os presidentes do Peru desde 2001 t�m contas pendentes com a justi�a por v�nculos com a Odebrecht. Alejandro Toledo (2001-2006) mora nos Estados Unidos, embora tenha sido pedida sua extradi��o, e Ollanta Humala (2011-2016) tamb�m esteve preso junto com sua mulher, Nadine Heredia, entre 2017 e 2018. Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018) est� internado em uma cl�nica local por enfermidades no cora��o � espera de transfer�ncia para uma pris�o, para que cumpra tr�s anos de pris�o preventiva.
A Odebrecht est� no centro de um enorme esc�ndalo de corrup��o na Am�rica Latina ap�s admitir em 2016, como parte de um acordo com o Departamento de Justi�a dos Estados Unidos, que subornou funcion�rios da regi�o por cerca de US$ 800 milh�es, em troca de contratos de obras de infraestrutura. Fonte: Associated Press.
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