Portugal celebra nesta quinta-feira, 25, os 45 anos da Revolu��o dos Cravos, que marcou o fim de um per�odo de ditadura de 41 anos. Em meio �s comemora��es preparadas para hoje est� a inaugura��o do Museu da Resist�ncia e Liberdade, o primeiro no pa�s que tratar� da preserva��o da mem�ria antifascista. O novo espa�o est� localizado na Pen�nsula de Peniche, que fica a cerca de 100 quil�metros da capital, Lisboa.
O local escolhido n�o poderia ser mais emblem�tico. A Fortaleza de Peniche, de 1557, se transformou em uma pris�o do Estado Novo do pa�s. A ideia durante a ditadura era manter os presos em total isolamento. A imprensa local retrata nos jornais e ao longo da programa��o da televis�o imagens internas do local, que abrir� suas portas hoje apenas de parte do complexo.
As reportagens revelam que ali foi o cora��o da censura militar � liberdade de express�o, principalmente aos ve�culos de comunica��o e artistas, e lembram que o complexo era para ser transformado em um hotel h� dois anos, numa pr�tica que vem ocorrendo no pa�s em locais hist�ricos. A revers�o da ideia do governo de liberar a fortaleza para o setor privado se deu depois de protestos realizados pela Uni�o de Resistentes Antifascistas Portugueses (Urap).
Hoje, um feriado nacional, o primeiro-ministro portugu�s, Ant�nio Costa (Partido Socialista) far� a inaugura��o de um memorial que imprimir� no local o nome de 2.510 presos pol�ticos que passaram pela fortaleza nessas quatro d�cadas - 40 deles ainda est�o vivos. Para transformar o local em um museu, que ser� parcialmente inaugurado, o governo gastou � 3 milh�es (R$ 13,2 milh�es).
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