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Estado de Minas

Os �ltimos anos de Leonardo da Vinci na Fran�a


postado em 30/04/2019 08:50

Leonardo da Vinci passou os �ltimos tr�s anos de sua vida em Amboise, no centro da Fran�a, a convite de Francisco I.

Embora tenham sido anos muito ativos, n�o foram fundamentais para a obra do g�nio do Renascimento, cujos trabalhos mais emblem�ticos vieram � luz na It�lia.

"Temos de ser modestos. O essencial foi feito na It�lia", afirma Catherine Simon Marion, delegada-geral do Castelo Clos-Luc�, onde Da Vinci morreu em 2 de maio de 1519.

Muitos italianos continuam sem entender por que v�rias de suas obras-primas se encontram no Museu do Louvre.

Em 1516, Leonardo da Vinci aceitou o convite do vencedor da batalha de Marignan, o qual conheceu em dezembro de 1515 na Bolonha.

Tinha 64 anos. Cruzou os Alpes acompanhado de Francesco Melzi, seu disc�pulo mais fiel, levando em suas bolsas de couro Mona Lisa, S�o Jo�o Batista e Santa Ana, assim como v�rios cadernos, manuscritos e anota��es.

Francisco I e sua m�e, Lu�sa de Saboia, acolheram-no de bra�os abertos.

"O primeiro pintor, engenheiro e arquiteto do rei" recebia uma pens�o real e foi convidado a se instalar no castelo Cloux, agora Clos-Luc�, a 400 metros do castelo Amboise, a resid�ncia favorita do rei.

Um ex�lio dourado, enquanto em Roma Michelangelo e Rafael s�o "a nova gera��o ascendente"? N�o, era mais uma partida em resposta ao convite de Francisco I, segundo a historiadora de arte Hayley Edwards Dujardin, autora do livro "Leonardo da Vinci" (Hachette).

Em seus tr�s anos em Amboise, "Leonardo organizou festas para o rei, fez obras de engenharia civil, continuou desenhando animais e natureza, deu um toque final a sua Sant'Ana", relata Catherine Simon Marion.

"Ele vai se manter animado at� o fim por sua imensa curiosidade. Era um homem s�o e vegetariano que montava a cavalo", acrescentou.

"A m�e de Francisco entendeu que Leonardo seria o homem que faria seu filho brilhar. J� o jovem rei estava fascinado por seus conhecimentos em anatomia, bot�nica e espiritualidade. Ele ia v�-lo quase todos os dias, o chamava de 'meu pai'. Leonardo lhe dava uma esp�cie de aprendizagem do conhecimento", completou.

Leonardo n�o morreu, por�m, nos bra�os do monarca. "� uma lenda", esclarece Simon Marion.

- Leonardo e o castelo de Chambord -

Segundo Haylay Edwards Dujardin, esse ent�o "Leonardo j� n�o estava em sua fase de cria��o. N�o � o que se esperava dele. N�o atende mais a pedidos. N�o produz nada para Francisco I. N�o tem mais nada a propor e n�o quer mais propor nada. Est� mergulhado em suas pesquisas. Vive um retiro tranquilo com um rei que o hospeda, o alimenta, n�o pede nada al�m de trocas intelectuais".

Sobre a constru��o do castelo de Chambord, iniciada alguns meses depois de sua morte, "tudo indica que os planos podem ter sido inspira��o de Leonardo", afirma, prudentemente, sua delegada-geral.

"Trabalhou junto com o rei em planos para a constru��o de um castelo ideal (...) e conheceu Domenico da Cortona, arquiteto de Chambord", continuou.

E como as tr�s pinturas, incluindo a Mona Lisa, aterrissaram no Louvre? Segundo Simon Marion, ele as teria dado de presente para sua modelo (e prov�vel amante) Salai (Gian Giacomo Caprotti), que as teria vendido para Francisco I antes da morte do pintor.

Para esta historiadora de arte, "ainda h� muitos mist�rios sobre Leonardo da Vinci", cujo t�mulo jaz na capela Saint-Hubert do castelo real Amboise.


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