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Estado de Minas

O que fazer se um asteroide cair na Terra?


postado em 30/04/2019 10:55

Exerc�cio: um telesc�pio detectou um asteroide de 100 a 300 metros de di�metro se movendo a 14 quil�metros por segundo, a 57 milh�es de quil�metros da Terra. Os astr�nomos estimam em 1% o risco de colis�o com o planeta em 29 de abril de 2027. O que fazer?

Este � o cen�rio potencialmente catastr�fico, inteiramente imagin�rio, no qual cerca de 300 astr�nomos, cientistas, engenheiros e especialistas em emerg�ncia est�o trabalhando esta semana nos sub�rbios de Washington, durante o quarto exerc�cio internacional deste tipo desde 2013.

"N�o � Hollywood", disse Jim Bridenstine, administrador da Nasa, ao abrir os trabalhos da sexta Confer�ncia Internacional sobre Defesa Planet�ria, no campus da Universidade de Maryland, em College Park. Os pa�ses representados: It�lia, Alemanha, Fran�a, R�ssia, Israel, China...

A ideia de que a Terra tem que se defender contra um asteroide chocava-se, no passado, com o que os especialistas chamam de "fator risadinha". Mas em 15 de fevereiro de 2013, um meteoro contribuiu para acabar com o desd�m.

Naquele dia, um asteroide de 20 metros apareceu do nada e explodiu quando entrou na atmosfera, 23 quil�metros acima da cidade russa de Chelyabinsk. Os habitantes sentiram o calor da explos�o a 60 km de dist�ncia. As janelas de milhares de edif�cios explodiram. Mil pessoas ficaram feridas.

"O aspecto positivo de Chelyabinsk foi que provocou uma consci�ncia do p�blico e dos pol�ticos", disse � AFP Detlef Koschny, codiretor do Escrit�rio de Defesa Planet�ria da Ag�ncia Espacial Europeia (ESA), representado por cerca de dez pessoas na confer�ncia.

- Quantos? -

Apenas os asteroides cuja �rbita os aproxima a menos de 50 milh�es de quil�metros da Terra nos interessam. Os astr�nomos est�o descobrindo-os todos os dias: mais de 700 j� este ano, com um cat�logo total de 20.001, anunciou Lindley Johnson, do escrit�rio de coordena��o de defesa planet�ria da Nasa, criado em 2016.

Entre os que mais apresentam riscos est�o, por exemplo, uma rocha chamada 2000SG344: com cerca de 50 metros de di�metro e uma chance em 2.096 de colidir com a Terra dentro de 100 anos, segundo a ESA.

A maioria � menor, mas 942 t�m mais de um quil�metro, segundo o astr�nomo Alan Harris, que informou � plateia que alguns grandes asteroides provavelmente ainda est�o escondidos no c�u: "A maioria est� estacionada atr�s do Sol".

S�o principalmente os telesc�pios americanos, no Arizona e no Hava�, que os detectam.

A ESA instalou um telesc�pio na Espanha e planeja outros no Chile e na Sic�lia. Muitos astr�nomos pedem um telesc�pio no espa�o, j� que, da Terra, n�o se pode ver os objetos do outro lado do Sol.

- Desviar o asteroide -

O exerc�cio desta semana pretende simular como o mundo responderia � amea�a. Primeiro seria necess�rio apontar os telesc�pios para o objeto para calcular com precis�o sua velocidade e trajet�ria, sendo as observa��es iniciais grosseiras.

Em seguida, a escolha � bin�ria: desviar o objeto ou evacuar o local a ser atingido.

Se o objeto for inferior a 50 metros, o consenso internacional � evacuar a regi�o que provavelmente ser� atingida.

Segundo Detlef Koschny, duas semanas antes do impacto, pode-se prever o pa�s afetado. Alguns dias antes, a precis�o � de algumas centenas de quil�metros.

Para objetos maiores, a ideia n�o � enviar uma bomba at�mica como no filme "Armagedon", porque isso poderia criar pe�as igualmente perigosas. A ideia seria lan�ar um dispositivo em dire��o ao asteroide para desvi�-lo... como um carrinho de bate-bate c�smico.

A Nasa testar� a ideia em um asteroide real de 150 metros em 2022 com a miss�o DART.

Permanece o problema pol�tico, de acordo com Romana Kofler, do Escrit�rio de Assuntos Espaciais das Na��es Unidas: "Qual seria a autoridade decis�ria?"

"O consenso at� agora foi o de n�o responder a essa pergunta", disse ela.

Em qualquer caso, o Conselho de Seguran�a da ONU seria acionado, mas deixaria aberta a quest�o de saber se os pa�ses ricos financiariam uma miss�o se n�o estiverem na mira do 2000SG344, ou de outro seixo celestial.


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