O presidente dos EUA, Donald Trump, invocou nesta quarta-feira, 8, o princ�pio do privil�gio executivo para impedir a divulga��o da vers�o integral do relat�rio do procurador especial Robert Mueller sobre a interfer�ncia russa na elei��o americana de 2016.
A decis�o ocorreu no momento em que os democratas se preparavam para votar se o secret�rio de Justi�a, William Barr, deveria ou n�o ser responsabilizado por se recusar a entregar o documento. A Comiss�o de Justi�a da Casa, comandada pelo democrata Jerrold Nadler, aprovou declarar Barr em desacato ao Congresso.
Para Nadler, a medida de Trump era um "claro desafio" aos deveres constitucionais do Legislativo. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que a decis�o foi tomada para corrigir um "s�rio abuso de poder" por parte do Congresso.
A manobra eleva o conflito constitucional entre Trump e a C�mara dos Deputados sobre os poderes legislativos de investigar o presidente.
A presidente da C�mara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, disse que as manobras de Trump para driblar as intima��es est�o obstruindo a fun��o de supervis�o dos congressistas. "Cada vez mais, Trump est� se tornando 'impeach�vel'", disse Pelosi, em entrevista ao Washington Post, sobre o esfor�o do presidente para evitar as investiga��es.
No m�s passado, Barr divulgou uma vers�o editada, com trechos encobertos, das 448 p�ginas do relat�rio de Mueller com as conclus�es da investiga��o. As partes censuradas seriam aproximadamente 10% do texto. Os democratas exigiram a vers�o integral, mas Barr se recusa a atender � intima��o.
O privil�gio executivo � um poder reivindicado por presidentes dos EUA para impedir que outros setores do governo tenham acesso a informa��es consideradas sigilosas. � a primeira vez que Trump usa o mecanismo.
Foi a segunda vez na hist�ria que um secret�rio de Justi�a � declarado em desacato ao Congresso americano - Eric Holder, em 2012, tamb�m recebeu o mesmo tratamento ao se recusar a compartilhar documentos.
Analistas dizem que dificilmente Barr enfrentar� algum tipo de san��o legal, porque � improv�vel que os promotores federais instituam um processo criminal contra o pr�prio chefe. (Com ag�ncias internacionais).
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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