Negocia��es entre governo e oposi��o da Venezuela ser�o retomadas em Oslo

Representantes do governo e da oposi��o da Venezuela decidiram retornar a Oslo, capital da Noruega, para mais um esfor�o de media��o destinado a resolver a crise pol�tica no pa�s sul-americano. A decis�o foi anunciada neste s�bado pelo governo noruegu�s.

As autoridades norueguesas ir�o mediar as discuss�es na pr�xima semana, em um sinal de que as negocia��es est�o ganhando tra��o ap�s meses de escalada nas tens�es entre o presidente venezuelano Nicol�s Maduro e o l�der da oposi��o Juan Guaid�. A ministra das Rela��es Exteriores da Noruega, Ine Eriksen Soreide, elogiou os dois lados por seu comprometimento.

No in�cio do m�s, representantes dos dois lados viajaram ao pa�s europeu para negocia��es, mas ainda n�o estava claro se o grupo continuaria engajado nas conversas em meio a tentativa frustrada da oposi��o para depor Maduro, em 30 de abril.

O esfor�o diplom�tico reflete o reconhecimento entre os venezuelanos de que nenhum dos lados conseguiu prevalecer na disputa pelo poder, deixando o pa�s em um estado de paralisia pol�tica ap�s anos de hiperinfla��o e racionamento de comida e medicamentos. Milh�es de venezuelanos j� deixaram o pa�s, criando a maior crise de migra��o da Am�rica Latina.

Os Estados Unidos e uma lista de mais de 50 pa�ses apoiam o autoproclamado presidente Guaid�. Os norte-americanos tamb�m impuseram san��es sobre a venda de petr�leo do pa�s para tentar for�ar a ren�ncia de Maduro, cujos aliados-chave s�o Cuba, R�ssia e China.

A Noruega tem uma longa e bem sucedida hist�ria de media��o de conflitos internacionais. O pa�s esteve presente nas negocia��es de paz entre israelenses e palestinos, em setembro de 1993, e entre rebeldes maoistas e o governo das Filipinas, em 2011. Em 2002, o governo noruegu�s tamb�m intermediou o cessar-fogo entre o governo do Sri Lanka e os rebeldes do grupo Tigres de Liberta��o da P�tria T�mil. Sete anos atr�s, mediadores do governo colombiano e dos rebeldes das FARC realizaram na Noruega suas primeiras negocia��es diretas em uma d�cada. Fonte: Associated Press.