A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, prometeu neste domingo continuar com seu governo mesmo ap�s Andrea Nahles, l�der dos Social-Democratas, partido de centro-esquerda parceiro na coaliz�o, ter renunciado ap�s uma s�rie de resultados eleitorais decepcionantes. Em um an�ncio surpresa horas antes, Nahles anunciou a inten��o de sair, dizendo que buscava "clareza" depois que questionamentos foram levantados sobre sua capacidade de liderar os Social-Democratas. O partido terminou em terceiro lugar nas elei��es para o Parlamento Europeu no m�s passado, recebendo 15,8% dos votos, atr�s do bloco de centro-direita de Merkel, com 28,9%, e dos Verdes, com 20,5%.
"O apoio necess�rio para eu realizar minhas tarefas n�o est� mais l�", disse Andrea, em comunicado. Ela disse que deixar� o cargo de presidente dos social-democratas e l�der de sua fac��o parlamentar nos pr�ximos dias para garantir que seus sucessores sejam escolhidos "de maneira ordenada".
Merkel expressou respeito pela decis�o de Nahles. "� claro que eu tamb�m respeito as decis�es que o Partido Social-Democrata agora precisa tomar", disse ela a rep�rteres em Berlim. "Vamos continuar o trabalho do governo, com toda a seriedade e especialmente com um grande senso de responsabilidade", acrescentou Merkel, ressaltando os in�meros
desafios que precisam ser enfrentados na Alemanha, Europa e al�m.
A l�der do partido de Merkel, a Uni�o Democrata-Crist�, tamb�m tentou minimizar a possibilidade de que a "grande coaliz�o" dos dois maiores partidos da Alemanha entre em colapso. "Estou trabalhando com base na suposi��o de que os Social-Democratas agora tomar�o as decis�es necess�rias sobre pessoal e a capacidade da grande coaliz�o de agir n�o ser� comprometida", disse Annegret Kramp-Karrenbauer a rep�rteres. "Continuamos a apoiar a grande coaliz�o", acrescentou. Em um ataque a seus pr�prios cr�ticos dentro dos Democratas Crist�os, ela advertiu que "esta n�o � a hora para considera��es t�ticas dentro do partido".
Andrea Nahles assumiu a lideran�a do partido em fevereiro de 2018, quando os Social-Democratas estenderam relutantemente sua coaliz�o com os conservadores de Merkel, ap�s um fraco desempenho nas elei��es alem�s do ano anterior. Ainda que os Social-Democratas tenham conseguido avan�ar em sua agenda de melhorar o bem-estar social e as condi��es de trabalho de milh�es de alem�es, os eleitores n�o recompensaram o partido por isso nas urnas. Em vez disso, muitos se voltaram para o ambientalista Verdes, o anti-migrante Alternativa para a Alemanha, o socialista Esquerda ou o bloco cada vez mais centrista Uni�o, de Merkel, nos �ltimos anos.
Uma derrota eleitoral na semana passada em um antigo basti�o dos social-democratas, o Estado de Bremen, e a perspectiva de novas derrotas nas elei��es locais no leste da Alemanha dentro de alguns meses alarmaram muitos no partido. "O partido est� em uma situa��o extremamente s�ria", disse a vice de Nahles, Malu Dreyer, governadora do Estado de Ren�nia-Palatinado. "Se n�o conseguirmos nos unir e encontrar uma sa�da, as coisas ficar�o muito sombrias." Ela disse a rep�rteres em Berlim que autoridades do partido se reunir�o na segunda-feira para discutir os pr�ximos passos.
O ex-l�der do partido, Sigmar Gabriel, afirmou ao di�rio Hannoversche Allgemeine Zeitung que os Social-Democratas precisam de uma "desintoxica��o" para evitar que as lutas internas pelo poder prejudiquem ainda mais o partido. Os Social-Democratas planejavam realizar uma revis�o de meio de mandato da coaliz�o com o bloco de Merkel no fim deste ano, levantando a perspectiva de um fim prematuro da coaliz�o.
Merkel, que entregou a lideran�a de seu partido Uni�o Democrata-Crist� � Kramp-Karrenbauer em dezembro, disse que quer continuar como chanceler at� o fim de seu quarto mandato. A Alemanha realiza sua pr�xima elei��o nacional no final de 2021. Fonte: Associated Press.
INTERNACIONAL