A l�der do Partido Social-Democrata da Alemanha anunciou sua ren�ncia no domingo, 2, ap�s a derrota nas elei��es europeias, o que enfraqueceu ainda mais a coaliz�o de governo da chanceler Angela Merkel, cujo partido Uni�o Democrata-crist� (CDU) tamb�m enfrenta dificuldades a poucos meses das elei��es regionais.
Andrea Nahles recebeu fortes cr�ticas ap�s o p�ssimo resultado do SPD na vota��o para o Parlamento Europeu, h� duas semanas, quando o partido registrou o m�nimo hist�rico, ao receber apenas 15% dos votos, ficando atr�s dos Verdes, que tiveram 20%.
"As discuss�es dentro da bancada parlamentar e as muitas rea��es do partido mostraram que n�o conto mais com o apoio necess�rio para exercer minhas fun��es", afirmou Andrea em um comunicado.
Desta maneira, a primeira mulher a liderar o SPD abriu m�o do cargo, dois dias antes de uma vota��o interna que decidiria seu destino. Ela tamb�m renunciou ao cargo de deputada, informou um porta-voz do partido.
A sa�da de Andrea, que desde que assumiu o cargo teve que suportar cr�ticas e a persegui��o dos rivais dentro do partido, que desejavam que o SPD abandonasse a coaliz�o de governo, pode acelerar o fim do governo alem�o. Merkel prometeu que o governo continuar� normalmente, apesar do rev�s no SPD. "Quero dizer em nome do governo que continuaremos com nosso trabalho com toda seriedade e com grande responsabilidade", afirmou a chanceler.
Muitas figuras do SPD defendem o fim da alian�a formada com a CDU, o que poderia for�ar a realiza��o de elei��es antecipadas e o fim prematuro do governo da chanceler, que tem mandato at� 2021.
Os social-democratas haviam programado tomar uma decis�o sobre a quest�o em setembro, na metade do mandato de Merkel, por ocasi�o de elei��es regionais delicadas em tr�s pontos da antiga Alemanha Oriental. Nestas regi�es, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) espera ter o dobro de votos do partido de Merkel.
Voltar � oposi��o
A coaliz�o de governo, conhecida como "GroKo", formada em 2018 apesar da rejei��o de parte do SPD, que enfrentou diversas crises nos �ltimos meses, parece mais amea�ada do que nunca. A situa��o � admitida at� mesmo por alguns de seus defensores.
"Aos que comemoram sua sa�da: � uma grande perda para a pol�tica alem�. (Andrea) Nahles defendia a exist�ncia da GroKo, cuja estabilidade est� agora em quest�o", lamentou Harald Christ, vice-presidente do f�rum econ�mico do SPD.
A vontade de voltar � oposi��o ganhou for�a dentro do partido mais antigo da Alemanha desde o catastr�fico resultado nas legislativas de 2017.
Um dos nomes mais importantes do partido, Olaf Scholz, vice-chanceler e ministro das Finan�as, afirmou � imprensa que a GroKo n�o deveria ser repetida depois de 2021, pois "tr�s grandes coaliz�es consecutivas n�o beneficiam a democracia alem�". (Com ag�ncias internacionais).
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