Dentro do acordo anunciado ontem � noite pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspendeu a imposi��o de tarifas sobre produtos mexicanos, o M�xico concordou em aumentar a fiscaliza��o em sua fronteira com o pa�s para conter a migra��o irregular. A medida incluir� a implanta��o de sua rec�m-criada Guarda Nacional em todo o pa�s, com maior foco na fronteira sul com a Guatemala. Na noite de quinta-feira, o Minist�rio das Rela��es Exteriores do M�xico havia informado que mobilizar� at� 6 mil soldados da Guarda Nacional.
Os Estados Unidos amea�avam impor tarifa de 5% sobre aproximadamente US$ 350 bilh�es em produtos provenientes do M�xico, a partir desta segunda-feira (10).
Trump disse pelo Twitter, tamb�m, que o governo mexicano concordou em "imediatamente come�ar a comprar grandes quantidades de produtos agr�colas" de produtores norte-americanos.
De sua parte, os EUA se comprometeram a expandir imediatamente a implementa��o dos "Protocolos de Prote��o aos Migrantes" existentes em toda a fronteira sul, enviando de volta ao M�xico solicitantes de asilo. "Aqueles que atravessarem a fronteira sul dos EUA em busca de ref�gio ser�o rapidamente devolvidos ao M�xico, onde aguardar�o o julgamento de seus pedidos de ref�gio", diz o comunicado, acrescentando que o M�xico autorizar� a entrada de todos por raz�es humanit�rias.
O governo norte-americano tamb�m concordou em acelerar v�rios programas de investimento e desenvolvimento na Am�rica Central e no sul do M�xico, dentro do pacote de ajuda de US$ 5,8 bilh�es anunciado no ano passado, informou a rep�rteres o l�der da delega��o mexicana, o secret�rio de Rela��es Exteriores, Marcelo Ebrard. Os dois pa�ses concordaram em finalizar os termos da disposi��es adicionais no prazo de 90 dias.
No fim das reuni�es em Washington, Ebrard afirmou que seu pa�s tomar� medidas para desmantelar redes de contrabando humano e trabalhar mais de perto com os EUA para compartilhar informa��es sobre migrantes. Ele refor�ou que o M�xico aceitar� o retorno de mais migrantes, que aguardar�o a resolu��o sobre seus pedidos de ref�gio nos EUA, e oferecer� a eles licen�as de trabalho, educa��o e servi�os de sa�de durante enquanto estiverem em territ�rio mexicano.
"Se tivermos sucesso com as medidas que estamos tomando, n�o h� raz�o para pensar que os n�meros (de imigrantes que chegam � fronteira) v�o continuar como est�o", declarou Ebrard. Mais de 100 mil migrantes mexicanos cruzam a fronteira do pa�s com os Estados Unidos mensalmente, mas nem todos pedem asilo. Muitos esperam quase um ano para solicitar visto.
Em comunicado, o secret�rio de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o pa�s "espera trabalhar lado a lado com o M�xico para cumprir esses compromissos". Pompeo tamb�m elogiou a atua��o e o "trabalho duro" de Ebrard nas negocia��es com os EUA. A delega��o mexicana realizou reuni�es durante toda a semana em Washington. Na quarta-feira, o grupo se reuniu com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, na Casa Branca. Tamb�m teve encontros com o secret�rio de Agricultura, Sonny Perdue, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secret�rio interino de Seguran�a Interna, Kevin McAleenan.
Os EUA s�o o maior parceiro comercial do M�xico - destino de quase 80% das exporta��es mexicanas - e muitos economistas alertaram que, se as tarifas tivessem entrado em vigor, a economia mexicana poderia ter entrado em recess�o. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.
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