Ao menos 30 imigrantes venezuelanos est�o desaparecidos ap�s o naufr�gio de um barco em que partiram clandestinamente rumo a Cura�ao, denunciou nessa ter�a-feira (11) um parlamentar da oposi��o.
O barco partiu na �ltima sexta-feira de Ag�ide, pequeno povoado no estado de Falc�n (noroeste), disse em entrevista � AFP o deputado Luis Stefanelli, citando testemunhos de familiares. O n�mero total de ocupantes, disse o deputado, estaria entre 30 e 35 pessoas.
"Ningu�m entrou em contato com suas fam�lias, o que nos faz temer o pior", disse Stefanelli.
As autoridades n�o confirmaram essas informa��es.
O corpo de um homem com colete salva-vidas foi encontrado na ba�a de Bullenbaai, em Cura�ao, segundo um comunicado da Guarda Costeira publicado pela imprensa da ilha caribenha; mas n�o est� claro se era uma das pessoas a bordo do barco que saiu da Venezuela.
Esse � o terceiro naufr�gio de imigrantes venezuelanos desde abril, com total de cerca de 80 desaparecidos, os dois �ltimos com destino a Trinidad e Tobago.
Outro deputado da oposi��o, Robert Alcal�, denunciou em 19 de maio que um bote que zarpou de G�iria para Trinidad e Tobago, Estado de Sucre (nordeste) afundou em alto mar com 29 ocupantes.
O pr�prio Alcal�, em 25 de abril, disse que outra embarca��o com a mesma rota teria desaparecido com 33 tripulantes. Nove passageiros foram resgatados com vida.
"S�o pessoas desesperadas, que vendem todas as suas coisas e v�o embora com uma m�o na frente e outra atr�s", disse Stefanelli em entrevista � AFP, referindo-se � nova trag�dia.
O congressista disse que, segundo os familiares, os imigrantes pagaram 400 d�lares cada um pela viagem, em um pa�s em que o sal�rio m�nimo � de apenas 6,5 d�lares por m�s.
Castigados pela crise econ�mica, com infla��o prevista de 10.000.000% pelo FMI e escassez de bens b�sicos, aproximadamente 3,3 milh�es de venezuelanos fugiram do pa�s desde janeiro de 2016 de acordo com a ONU.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, acusou a Ag�ncia da ONU para os Refugiados (Acnur) de "inflar n�meros".
No entorno da sa�da de embarca��es clandestinas de Venezuela h� den�ncias de m�fias de contrabando de ouro e combust�vel, praticamente gratuito no pa�s, e tr�fico de pessoas.