A Fran�a n�o assinar� o longamente negociado acordo entre o Mercosul e a Uni�o Europeia se o Brasil se retirar do Acordo Clim�tico de Paris, alertou o presidente franc�s, Emmanuel Macron.
Negociadores dos dois blocos est�o tentando fechar um acordo e superar obst�culos importantes, incluindo a ambival�ncia do presidente Jair Bolsonaro a respeito do acordo assinado em 2015, que compromete os 195 pa�ses signat�rios a reduzir as emiss�es de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.
"Eu n�o quero negociar acordos com pessoas que n�o seguem o Acordo de Paris", disse Macron na noite de quinta-feira no Jap�o, a caminho da c�pula do G20, em Osaka.
"Se o Brasil deixar o Acordo de Paris, n�o poderemos assinar acordos comerciais com eles", acrescentou.
"A raz�o � simples: n�s estamos exigindo dos nossos fazendeiros que parem de usar pesticidas, de nossos neg�cios que reduzam as emiss�es. Isso tem um custo competitivo", acrescentou Macron.
A afirma��o do presidente franc�s sucede as declara��es da chanceler alem�, Angela Merkel, que j� est� em Osaka para a c�pula do G20, que disse que queria ter uma "conversa direta" com Bolsonaro sobre o "dram�tico" desmatamento na floresta amaz�nica.
Ativistas j� exigiram que a UE interrompa as negocia��es comerciais com o Mercosul por alegados danos do governo brasileiro a suas florestas e seus povos origin�rios.
Mas Merkel disse que a quest�o n�o atrasaria um acordo comercial.
"Eu acho que n�o concluir o acordo n�o � a resposta para o que est� acontecendo no Brasil", disse ela antes de viajar ao Jap�o.
A UE est� em negocia��es com o Mercosul (formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) h� duas d�cadas, empacando reiteradamente no tema altamente sens�vel do mercado da carne.
Um acordo entre o Mercosul e a UE representaria um golpe ao protecionismo, em um momento em que o presidente americano, Donald Trump, recuou em acordos comerciais internacionais e est� envolvido em uma nociva guerra de tarifas com a China.
Mas uma fonte pr�xima �s negocia��es disse que as negocia��es ainda est�o "no ar".
