
"� a forma como o Estado quer nos doutrinar", garantiu Mariana, de 26 anos, ao Canal C5N, ainda indignada com a condena��o divulgada nesta sexta-feira.
Ela foi condenada por "resist�ncia � autoridade" ap�s reagir � a��o de um agente policial em um local p�blico onde, pouco antes, tinha beijado com sua mulher, Roc�o Girat, na frente dele.
O fato ocorreu em 2 de outubro de 2017 em frente � esta��o Constituci�n do metr� na capital argentina, onde ambas se protegiam da chuva, enquanto Mariana fumava um cigarro, que o agente lhe mandou apagar.
"O oficial lhe disse 'p�, cara, larga o cigarro' e apalpou seus peitos, enquanto a Mariana se reivindicava o tempo todo como mulher", relatou Roc�o sobre este momento, filmado por outras pessoas.
O policial argumentou que sua a��o � respaldada pela lei antitabaco e que a mulher resistiu a ser detida.
Movimentos de defesa dos direitos LGBT classificaram o acontecimento como "lesbof�bico".
"O que aconteceu � um chute nos nossos direitos", afirmou Roc�o.
Na pr�xima sexta, ser�o divulgados os fundamentos da condena��o, decidida por uma ju�za com base em uma acusa��o de uma procuradora.
O advogado de Mariana, Lisandro Teszkiewicz, negou que ela tenha resistido � autoridade e afirmou que a mulher "foi alvo de humilha��es e vexa��es". Ele adiantou que vai recorrer, se for necess�rio, � Suprema Corte e � Corte Interamericana de Direitos Humanos.
"N�o convalidaremos o retrocesso de direitos na Argentina", afirmou.
