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Estado de Minas

T�mulos no Vaticano onde poderia estar jovem desaparecida se revelam vazios


postado em 11/07/2019 11:31

Os t�mulos de duas princesas mortas no s�culo XIX, abertos nesta quinta-feira (11) na esperan�a de se encontrar os restos de uma adolescente desaparecida misteriosamente em Roma h� 36 anos, est�o completamente vazios - anunciou o Vaticano em um comunicado.

A pedido da fam�lia da desaparecida Emanuela Orlandi, uma solicita��o apresentada ap�s seu advogado receber uma mensagem enigm�tica, o Vaticano autorizou a abertura esta manh� dos dois t�mulos de um pequeno cemit�rio alem�o da Cidade do Vaticano.

A Santa S� anunciou, por�m, que n�o apenas os t�mulos n�o cont�m os restos mortais de Emanuela Orlandi, mas tamb�m n�o cont�m os de duas princesas que deveriam estar enterradas no local.

"As buscas tiveram um resultado negativo: nenhum resto humano, nem urna funer�ria, foram encontrados", anunciou o diretor de comunica��o do Vaticano, Alessandro Gisotti, em um comunicado.

O t�mulo da princesa Sophie von Hohenlohe, morta em 1836, revelou um vasto c�modo subterr�neo vazio, de quatro metros quadrados.

A sepultura de Charlotte-Fr�d�rique de Mecklembourg, falecida em 1840, tamb�m est� vazia.

As fam�lias das duas princesas, que autorizaram a abertura dos t�mulos, "foram informadas da conclus�o das buscas", acrescentou o Vaticano.

Os arquivos est�o sendo conferidos para descobrir a natureza das obras de reestrutura��o realizadas no antigo cemit�rio, algumas no final do s�culo XIX, outras entre as d�cadas de 1960 e 1970.

Emanuela Orlandi, de 15 anos, foi vista pela �ltima vez em 22 de junho de 1983, quando deixava uma aula de m�sica em Roma.

Este caso n�o resolvido nunca deixou de fascinar os italianos, inspirando teorias da conspira��o envolvendo a m�fia e o Vaticano.

"N�o havia nada", descreveu, muito desapontado, Pietro Orlandi, irm�o de Emanuela, que assistiu � opera��o. Este ex-funcion�rio do Banco do Vaticano acusa regularmente a Santa S� de "omert�", em refer�ncia � lei do sil�ncio da m�fia italiana.

A Santa S� lembrou hoje que sempre demonstrou sua "proximidade" com a fam�lia Orlandi, especialmente com a m�e da desaparecida, de 88 anos, que mora na Cidade do Vaticano.

No ver�o passado, a advogada da fam�lia Orlandi recebeu uma mensagem dizendo "Procurem no local para onde o anjo est� apontando", acompanhada da foto de um t�mulo.

De fato, h� um anjo esculpido em m�rmore lendo em uma t�bua a inscri��o "Descanse em paz" no cemit�rio do Vaticano.

A fam�lia apresentou um pedido de verifica��o do t�mulo. O Vaticano finalmente abriu dois, para eliminar quaisquer d�vidas sobre o t�mulo apontado pela est�tua do anjo.

Para a advogada Laura Sgro, "agora � a hora de dar respostas a essa fam�lia". Ela est� convencida de que ainda existem "pessoas vivas que sabem" e est�o em sil�ncio "por 'omert�', ou por medo, ou conveni�ncia pessoal".

A Santa S� forneceu v�deos da opera��o que ocorreu no Cemit�rio Teut�nico, enclave de territ�rio italiano, por�m acess�vel apenas pelo menor Estado do mundo.

O cemit�rio foi constru�do no local do circo do imperador romano Nero, palco do mart�rio de muitos crist�os.

O caso voltou � tona no final de outubro, ap�s a descoberta de restos humanos durante obras em um pr�dio no parque da embaixada da Santa S� na It�lia. Exames forenses conclu�ram, por�m, que a ossada, muito antiga, n�o era de Emanuela.

Em 2012, a Justi�a italiana abriu em uma bas�lica de Roma o t�mulo de Enrico de Pedis, ex-chefe da m�fia Magliana, que aterrorizou Roma nos anos 1970-1980. O t�mulo continha apenas o corpo do homem, morto em 1990 em um acerto de contas.

A sepultura do "boss", suspeito de estar ligado � m�fia, � Loja Ma��nica P2 e aos setores financeiros do Vaticano, havia sido transferida no mesmo ano para a bas�lica, um privil�gio raro facilitado por um padre que o conhecera na pris�o.

Uma ex-amante do bandido havia dito aos investigadores que Enrico de Pedis havia raptado a garota, cujo corpo teria sido jogado no concreto.

Segundo alguns relatos, a adolescente foi sequestrada pelo grupo criminoso para recuperar um empr�stimo do ex-presidente americano do Banco do Vaticano (IOR) Paul Marcinkus.

Outros dizem que ela foi sequestrada para conseguir em troca a liberta��o de Mehmet Ali Agca, o turco que tentou assassinar o papa Jo�o Paulo II em 1981. Nada foi provado.


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