Ventos fortes agravaram nesta segunda-feira, 22, os inc�ndios florestais no centro de Portugal. Mais de mil bombeiros combateram o fogo, que for�ou a retirada de moradores de v�rios vilarejos. De acordo com autoridades portuguesas, 33 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. A Ag�ncia de Prote��o Civil de Portugal disse que algumas casas foram destru�das pelas chamas. Ao todo, cerca de 9 mil hectares est�o em chamas entre Vila de Rei, Sert� e Ma��o, de acordo com o Sistema Europeu de Informa��o de Inc�ndios Florestais.
Os inc�ndios s�o pequenos se comparados com o grande inc�ndio que atingiu a mesma regi�o em junho de 2017, matando 64 pessoas e destruindo cerca de 55 mil hectares em poucos dias. No entanto, como as temperaturas podem chegar a 40 graus em algumas �reas, v�rios distritos dos munic�pios de Santar�m e de Castelo Branco, a nordeste de Lisboa, est�o em alerta m�ximo.
A Ag�ncia de Prote��o Civil chegou a considerar nesta segunda que o fogo estava 90% controlado, mas alertou que os focos remanescentes exigiam "aten��o", j� que os ventos aumentaram no final do dia, ati�ando as chamas em meio � secura do terreno.
Coberto de eucaliptos e pinheiros, o centro de Portugal � frequentemente atingido por inc�ndios no ver�o. O terreno acidentado dificulta o acesso dos bombeiros e o combate ao fogo. Os moradores dos vilarejos, al�m das autoridades locais disseram n�o haver bombeiros e recursos suficientes para combater as chamas.
Altamente afetada pelo �xodo rural, a �rea � hoje habitada principalmente por pessoas idosas. � medida que campos e pastagens s�o abandonados, as florestas n�o s�o mais cuidadas e a vegeta��o rasteira facilita o alastramento do fogo.
O presidente portugu�s, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou um homem gravemente ferido transferido para um hospital de Lisboa, expressou "sua solidariedade aos bombeiros e � popula��o afetada". "Infelizmente, o terror voltou. J� estamos fartos!", reclamou Ricardo Aires, prefeito de Vila de Rei, uma das cidades atingidas.
A pol�cia j� abriu uma investiga��o para determinar as circunst�ncias dos inc�ndios florestais. "Como � poss�vel que cinco inc�ndios de dimens�es significativas tenham come�ado em lugares t�o pr�ximos?", questionou o ministro do Interior, Eduardo Cabrita.
Um homem de 55 anos foi preso no domingo, suspeito de ter iniciado o inc�ndio perto de Castelo Branco, embora aparentemente ele n�o esteja ligado aos grandes focos que come�aram no s�bado. (com ag�ncias internacionais)
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