A pol�cia russa prendeu mais de 1.000 pessoas que estavam reunidas em Moscou neste s�bado (27) para pedir elei��es locais livres e justas, apesar do aumento da press�o contra a oposi��o nos �ltimos dias.
As for�as de seguran�a fizeram enormes pris�es entre os participantes que chegavam � principal via de Moscou, a avenida Tverskaya, aos gritos de "Vergonha" e "Queremos elei��es livres", fazendo eles recuarem para ruas adjacentes.
Segundo n�meros oficiais da pol�cia, 3.500 pessoas participaram no protesto, incluindo 700 jornalistas e blogueiros, e "1.074 pessoas foram detidas por delitos diversos", detalhou.
Esta concentra��o n�o autorizada em frente � Prefeitura da capital ocorre menos de uma semana ap�s uma manifesta��o sem precedentes desde o movimento quando Vladimir Putin voltou ao Kremlin.
A oposi��o denuncia a proibi��o de candidaturas independentes para as elei��es locais, que aparentemente ser�o dif�ceis para os candidatos governistas.
� tarde, grupos manifestantes tentaram bloquear v�rias ruas no centro de Moscou por alguns minutos. Um elevado contingente de policiais foi ao local e acabou com o bloqueio rapidamente.
- Sem armas -
Algumas das pris�es foram violentas. A AFP acompanhou uma deten��o em que a manifestante ficou ferida na cabe�a.
"Est�vamos nos manifestante pacificamente, n�o est�vamos com armas (...), n�o demos nenhum motivo para essas pris�es violentas", criticou Anastassia Zabaliueva, de 27 anos, professora de franc�s e ingl�s.
Diversos opositores foram presos na manh� deste s�bado, como Ilia Yashin, Liubov Sobol e Dmitri Gudkov. Os tr�s foram libertados � tarde. Sobol ter� que pagar uma multa de 30 mil rublos (cerca de 400 d�lares), enquanto Yashin e Gudkov dever�o comparecer a um tribunal ainda neste m�s.
As casas e gabinetes de v�rios candidatos impedidos foram alvo de opera��es de busca e apreens�o e, na quarta-feira, o principal opositor do Kremlin, Alexei Navalni, foi condenado a 30 dias de pris�o por violar "regras das manifesta��es".
Essas a��es judiciais ocorrem ap�s a abertura de uma investiga��o de "obstaculiza��o do trabalho da Comiss�o Eleitoral" de Moscou, devido �s manifesta��es de meados deste m�s.
Elas podem gerar penas de at� cinco anos de pris�o, o que traz � mem�ria as condena��es pesadas durante o movimento de 2011-2012 contra a volta de Vladimir Putin � presid�ncia.
A ONG Anistia Internacional, que teme uma "repress�o enorme em breve", criticou uma "tentativa aberta e descarada das autoridades russas de intimidar a oposi��o".
Antes da manifesta��o no s�bado, a pol�cia de Moscou emitiu uma advert�ncia aos cidad�os e prop�s que jornalistas cobrindo o evento se identificassem, um acontecimento in�dito que antecipava as numerosas pris�es.
O registro de cerca de 60 candidaturas �s elei��es do Parlamento de Moscou foi rejeitado, oficialmente por causa de erros na coleta das assinaturas de apoio necess�rias.
Os candidatos independentes exclu�dos denunciaram irregularidades fraudulentas e acusaram o prefeito Sergey Sobianin, alinhado ao governo central, de querer sufocar a oposi��o.