Mais de 280 mil manifestantes enfrentaram neste s�bado, no bairro de Yuen Long, em Hong Kong, bombas de g�s lacrimog�neo e golpes de bast�o da pol�cia local para protestar contra o espancamento de manifestantes h� uma semana e medidas autorit�rias do governo chin�s. O n�mero � uma estimativa dos organizadores dos protestos. A marcha deste s�bado aconteceu a despeito da proibi��o da pol�cia, que havia alegado motivos de seguran�a para impedir o ato.
H� uma semana, mais de cem homens vestidos de branco e armados com paus e barras de metal espancaram dezenas de manifestantes em uma esta��o de trem em Yuen Long. Passageiros do trem, incluindo uma mulher gr�vida, tamb�m foram golpeados. O fato suscitou acusa��es de que a pol�cia local se uniu a bandidos da m�fia para atacar os participantes do protesto. Um v�deo amplamente divulgado mostra um deputado pr�-China, Junius Ho, andando entre os homens com bast�es e apertando as m�os deles.
Neste s�bado, as manifesta��es tiveram in�cio pela manh� em Yuen Long e pr�ximo � esta��o de trem onde, na semana passada, dezenas de manifestantes foram espancados. As ruas de Yuen Long se tornaram um mar de guarda-chuvas pretos, em refer�ncia aos protestos de 2014 em Hong Kong. Os guarda-chuvas foram usados tanto como prote��o contra bombas de g�s e spray de pimenta, com para proteger a identidade dos manifestantes de c�meras de pol�cia.
Ao longo do dia, a pol�cia reagiu disparando bombas de g�s lacrimog�neo e usando cassetetes para dispersar participantes. Uma parte do grupo, entretanto, permaneceu na esta��o e buscou ref�gio dentro do local. Mais no fim do dia, policiais entraram na esta��o, onde ainda estavam algumas centenas de manifestantes, e dispersaram o grupo.
Em um comunicado divulgado neste s�bado, a pol�cia disse que, em raz�o de a manifesta��o ter sido proibida, os manifestantes poderiam ser presos por at� cinco anos.
Os protestos em Hong Kong tiveram in�cio no come�o de junho, em rea��o a uma lei de extradi��o que tornaria mais f�cil para o governo chin�s processar cidad�os da regi�o com base no sistema legal da administra��o central, ao inv�s do sistema de regras da cidade. A lei, desde ent�o, est� suspensa. Os opositores tamb�m demandam elei��es diretas, a dissolu��o do Parlamento e uma investiga��o sobre a brutalidade adotada pela pol�cia. Fonte: Associated Press.
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