A China pediu, nesta segunda-feira, que o executivo de Hong Kong puna os respons�veis pela viol�ncia nas manifesta��es e "restabele�a a ordem rapidamente", ap�s um novo fim de semana de protestos e confrontos com a pol�cia na ex-col�nia brit�nica.
Durante uma coletiva de imprensa em Pequim, um porta-voz do Gabinete de Assuntos para Hong Kong e Macau, �rg�o chin�s encarregado das rela��es com a metr�pole do sul do pa�s, estimou que as manifesta��es nos �ltimos meses "comprometeram seriamente" a prosperidade e estabilidade da cidade.
"Nenhuma sociedade civilizada ou de Estado de direito tolera a viol�ncia desenfreada", afirmou Yang Guang.
Outra porta-voz, Xu Luying, acrescentou que "agora a tarefa priorit�ria de Hong Kong � punir os atos violentos e ilegais conforme a lei, restaurar a ordem rapidamente e manter um ambiente prop�cio aos neg�cios".
No domingo � noite, manifestantes pr�-democracia entraram em confronto pelo segundo dia consecutivo com a pol�cia de Hong Kong, resultando nas cenas mais violentas desde o in�cio da contesta��o no territ�rio.
Esses confrontos ocorreram perto do Gabinete de Liga��o chin�s, que representa a autoridade de Pequim na regi�o semi-aut�noma.
A pol�cia anunciou esta manh� em um comunicado que 49 "manifestantes radicais" foram presos por v�rias infra��es no dia anterior e afirmou que os manifestantes est�o "cada vez mais violentos".
A mobiliza��o, iniciada no in�cio de junho pela rejei��o da popula��o local a um projeto de Hong Kong - agora suspenso - para autorizar extradi��es para a China continental, ampliou-se ao longo das semanas, tornando-se um desafio sem precedentes para Pequim desde o retrocesso do territ�rio em 1997.
- "Conspira��o" -
A crescente preocupa��o de Pequim se refletiu nesta segunda-feira em um editorial do jornal oficial em l�ngua inglesa China Daily.
"O que acontece em Hong Kong n�o � mais uma express�o de reclama��es reais ou imagin�rias", considerou o jornal.
"Tem o mesmo tom das revolu��es coloridas que ocorreram no Oriente M�dio e no Norte da �frica: elementos locais anti-governamentais que conspiram com for�as externas para derrubar governos usando meios modernos de comunica��o para espalhar rumores, desconfian�a e medo".
A pol�cia acusou os manifestantes de jogar tijolos, garrafas, bombas de tinta, l�quidos corrosivos e at� mencionou bolas de metal com bestas. Arcos e flechas tamb�m foram recuperados do local dos confrontos, de acordo com as for�as de ordem.
A pol�cia respondeu com g�s lacrimog�neo e balas de borracha, e as unidades de elite intervieram para dispersar os �ltimos manifestantes.
As autoridades anunciaram nesta segunda-feira que 16 pessoas ficaram feridas.
No s�bado, incidentes violentos j� haviam sido registrados em uma concentra��o em Yuen Long, uma cidade perto da fronteira chinesa.
Os manifestantes protestavam contra a agress�o de militantes pr�-democracia em 21 de julho, atribu�da a gangues violentas conhecidas como "tr�ades", que deixou 45 feridos.
� noite, confrontos ocorreram entre agentes da pol�cia de choque e manifestantes. A pol�cia informou 13 pris�es, enquanto as autoridades da sa�de relataram 24 feridos, dois deles gravemente.
A chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, n�o tem dado sinais de querer reverter sua pol�tica ou adotar medidas exigidas pelos manifestantes, al�m da suspens�o da pol�mica lei de extradi��o.