A Liga oficializou a crise pol�tica deflagrada com o seu parceiro de coaliz�o na It�lia, o Movimento 5 Estrelas (M5S), ao protocolar hoje no Senado uma mo��o de desconfian�a contra o pr�prio governo, comandado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte.
A presidente da Casa, Maria Elisabetta Alberti Casellati, j� convocou para 12 de agosto a Confer�ncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares no Senado, na qual ser� definido o procedimento de tramita��o da proposta. Se aprovada, a mo��o dissolver� o Parlamento e resultar� em elei��es antecipadas.
O passo para acelerar o fim da atual legislatura teve como estopim uma vota��o no pr�prio Senado de um projeto de infraestrutura que inclui o projeto de um trem de alta velocidade entre Turim e a cidade francesa de Lyon, ao qual a Liga, junto com outros tr�s partidos, foi favor�vel e o M5S, contr�rio.
A delibera��o na qual se evidenciou o racha na coaliz�o foi citada diretamente no texto da mo��o de desconfian�a. "O exame, no plen�rio, das mo��es relativas ao TAV (trem de alta velocidade) selou a situa��o de fortes diferen�as de vis�o entre as duas for�as de maioria", afirma o documento, apontando tamb�m que o primeiro-ministro Conte "n�o estava presente no plen�rio, no momento da vota��o das mo��es mencionadas, para reiterar a decis�o favor�vel � realiza��o da obra".
Al�m disso, a Liga escreve que "as mesmas diverg�ncias foram registradas em outros temas priorit�rios da agenda do governo como justi�a, autonomia e as medidas do pr�ximo or�amento". "Observando-se o Artigo 94 da Constitui��o e o Artigo 161 do Regimento do Senado da Rep�blica, (o Senado) expressa a sua falta de confian�a no governo presidido pelo professor Giuseppe Conte", encerra.
Em um com�cio ontem � noite na cidade de Pescara, o vice-premi� e ministro de Assuntos Internos Matteo Salvini, l�der da Liga, se apresentou como candidato a primeiro-ministro nas muito prov�veis elei��es antecipadas e pediu "plenos poderes" aos italianos.
Pelo Facebook, o tamb�m vice-premi� e ministro do Trabalho e das Pol�ticas Sociais, Luigi Di Maio, comandante do M5S, rebateu: "N�o h� problema em ir para o voto. Na verdade, depois de tudo o que aconteceu, corremos para as urnas."
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