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Estado de Minas

Novas fotos do asteroide Ryugu oferecem pistas sobre forma��o dos planetas


postado em 22/08/2019 20:25

As fotografias tiradas por um rob� do tamanho de uma caixa de sapato que explorou o asteroide Ryugu, pr�ximo � Terra, ofereceram novas pistas sobre sua composi��o e ajudar�o os cientistas a compreender a forma��o do nosso sistema solar.

O explorador de superf�cies de asteroides franco-germano MASCOT (Mobile Asteroid Surface Scout) viajou a bordo da sonda japonesa Hayabusa2 e em 3 de outubro de 2018 chegou a Ryugu, um asteroide de 900 metros de di�metro cuja �rbita se encontra principalmente entre a Terra e Marte.

A gravidade de Ryugu � 66.500 vezes mais fraca que a da Terra. O rob� saltou pela superf�cie usando o pequeno impulso gerado pelo bra�o oscilante de metal unido a seu corpo, de 10 quilos de massa.

Al�m de registrar a temperatura e fazer outras medi��es, a c�mera de MASCOT captou imagens que mostram que o asteroide est� coberto com rochas de duas categorias diferentes: escuras, rugosas e com uma superf�cie parecida � da couve-flor; e brilhantes e lisas.

"O interessante � que mostram que Ryugu � produto de algum tipo de processo violento", disse � AFP Ralf Jaumann, do centro aeroespacial alem�o e coautor de um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science que descreve as descobertas.

Ryugu pode ser o "filho" de dois corpos que colidiram, quebraram, e depois se uniram pela gravidade, explicaram os pesquisadores.

Outra teoria � que pode ter sido atingido por outro corpo que criou diferentes condi��es de temperatura e press�o interior, dando como resultado dois tipos diferentes de material.

Muitas das rochas tamb�m cont�m pequenas "incrusta��es" azuis e vermelhas, um material que ficou preso na rocha durante sua forma��o. Isto faz com que sejam muito parecidas aos condritos carbon�ceos, um tipo de meteorito raro e primitivo que foi encontrado na Terra.

"Este material � primitivo, � o primeiro material da nebulosa solar", ou seja, a nuvem de poeira e g�s interestelar que formou os planetas do nosso sistema, disse Jaumann.

A Hayabusa2 regressar� � Terra em 2020 com as amostras extra�das, mas as observa��es de MASCOT proporcionam informa��o sobre o contexto geol�gico original do material: como est� exposto �s mudan�as de temperatura, como se desgasta, etc.

Isto � importante porque "n�o sabemos como os planetas se formaram no princ�pio", disse Jaumann.

"E para entender isso, (devemos) ir aos corpos pequenos, primitivos, primordiais na hist�ria em sua evolu��o, para compreender os primeiros 10 a 100 milh�es de anos de forma��o planet�ria", acrescentou.

- Mist�rio e poss�vel amea�a -

O MASCOT tamb�m exp�s aos cientistas um novo mist�rio: sua falta de part�culas muito pequenas, ou poeira interplanet�ria, que normalmente se acumularia em sua superf�cie durante milh�es de anos de exposi��o ao espa�o.

O artigo prop�e teorias para o que pode ter acontecido com essa poeira mas n�o uma conclus�o definitiva.

Uma explica��o poss�vel � que a poeira tenha ca�do em pequenos orif�cios da superf�cie do asteroide ap�s receber o impacto de outros corpos.

Outra teoria � que as mudan�as de temperatura tenham gerado uma for�a eletrost�tica que expulsou a poeira para o espa�o. Os autores oferecem mais uma possibilidade: talvez tenha existido �gua sobre Ryugu e sua evapora��o arrastou as pequenas part�culas.

O estudo dos asteroides n�o permite apenas olhar para o passado, mas tamb�m prevenir situa��es futuras: a sobreviv�ncia da humanidade poderia um dia depender do conhecimento adquirido sobre estes corpos celestes.

De acordo com sua �rbita, Ryugu se move fundamentalmente entre a Terra e Marte. Embora �s vezes se aproxime bastante, nunca chega a se tornar uma amea�a para a vida neste planeta, mas outros asteroides poderiam ser.

Se a composi��o desses outros corpos for similar � de Ryugu, tentar destru�-los com um m�ssil provavelmente s� conseguiria parti-los em rochas menores, que seguiriam seu curso para a Terra.

Por esta raz�o, uma possibilidade para tentar alterar seu curso e evitar a colis�o seria confeccionar uma grande vela solar refletora e coloc�-la sobre a superf�cie, de modo que a press�o da radia��o solar poderia desviar sua trajet�ria, disse Jaumann.


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