(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bolsonaro disposto a aceitar ajuda externa para combater inc�ndios na Amaz�nia


postado em 27/08/2019 21:07

O presidente Jair Bolsonaro est� disposto a aceitar ajuda dos pa�ses e organiza��es internacionais desde que possa controlar os recursos de combate aos inc�ndios na Amaz�nia.

O governo est� aberto a receber apoio financeiro de organiza��es e pa�ses desde que isto "n�o ofenda a soberania brasileira e que a governan�a desses recursos seja de nossa responsabilidade", declarou o porta-voz Ot�vio Rego Barros nesta ter�a-feira, horas ap�s Bolsonaro condicionar a recep��o da ajuda a um pedido de desculpas do presidente franc�s, Emmanuel Macron.

Sobre a proposta de uma c�pula regional dos pa�ses afetados, realizada por Peru e Col�mbia, Ot�vio Rego Barros disse que Bolsonaro "participara dessas atividades", destacando que "a coopera��o sul-americana � essencial neste combate".

Ao ser perguntado sobre um recuo do presidente em rela��o � ajuda externa, o porta-voz afirmou que "o presidente n�o recua, ele avan�a em dire��o ao bem estar da nossa sociedade".

O l�der franc�s anunciou ap�s a C�pula do G7 em Biarritz, neste final de semana, que o grupo doaria 20 milh�es de d�lares aos pa�ses da bacia amaz�nica para se enfrentar a crise.

Mas o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse na segunda-feira que o Brasil rejeitaria a ajuda, enquanto Bolsonaro a condicionou a um pedido de desculpas de Macron.

"Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez � minha pessoa. Primeiro me chamou de mentiroso. E depois, informa��es que eu tive, de que a nossa soberania est� em aberto na Amaz�nia", havia declarado Bolsonaro.

Na v�spera, o presidente franc�s citou a possibilidade de conferir um "estatuto internacional" � selva amaz�nica caso "um estado soberano adotasse de maneira concreta medidas claramente contr�rias ao interesse de todo o planeta".

Perguntado sobre se Bolsonaro j� n�o condicionava a recep��o da ajuda a um pedido de desculpas de Macron, o porta-voz declarou que o Brasil vai receber os recursos estrangeiros, desde que o manejo "seja nosso".

A postura de Bolsonaro sobre a quest�o ambiental j� havia provocado a paralisa��o do Fundo Amaz�nia, financiado por Noruega e Alemanha.

A recusa da ajuda do G7 havia alarmado os nove governadores dos estados amaz�nicos, que pediram a Bolsonaro que reavaliasse sua posi��o, em uma reuni�o em Bras�lia nesta ter�a-feira.

Wilson Lima, governador do estado Amazonas, ressaltou que o apoio internacional � bem-vindo. Helder Barbalho, do Par�, destacou a import�ncia do Fundo Amaz�nia. Fl�vio Dino, governador do Maranh�o, disse que os extremismos n�o s�o adequados para enfrentar uma tem�tica complexa como a do meio ambiente.

A tens�o com a Fran�a contrasta com os elogios que Bolsonaro recebeu de seu aliado dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta ter�a.

"Conhe�o bem o presidente Jair Bolsonaro por nossa rela��o com o Brasil. Ele est� trabalhando duro nos inc�ndios na Amaz�nia e, em todos os aspectos, est� fazendo um �timo trabalho para o povo brasileiro", tuitou. Ele e seu pa�s t�m o apoio total e completo dos Estados Unidos!", disse ainda.

Na mesma rede social, Bolsonaro agradeceu a Trump.

"Estamos tendo grande sucesso no combate aos inc�ndios. O Brasil � e continuar� sendo exemplo para o mundo em desenvolvimento sustent�vel", afirmou Bolsonaro.

"A campanha de fake news fabricada contra nossa soberania n�o funcionar�", acrescentou.

Na Bol�via, onde o fogo tamb�m afeta uma parte de seu territ�rio na Amaz�nia, o presidente Evo Morales agradeceu a ajuda do G7, mas a definiu como uma quantia "muito pequena".

- Quest�o de soberania -

Macron questionou na segunda-feira, no final da c�pula do G7 na Fran�a, a possibilidade de conferir um "estatuto internacional" � Floresta Amaz�nica, caso "um Estado soberano adotasse medidas concretas claramente contr�rias ao interesse de todo o planeta".

A presid�ncia francesa afirmou ainda que Bolsonaro "mentiu" quando assegurou que iria respeitar os compromissos de combater as mudan�as clim�ticas.

O ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni sugeriu a Macron na segunda-feira que cuidasse de "sua casa e suas col�nias", esta �ltima em refer�ncia aos territ�rios franceses no exterior, que incluem o Guiana Francesa, na fronteira com o Brasil, exatamente no norte da Amaz�nia.

A tens�o tomou contornos pessoais quando Bolsonaro fez um coment�rio no fim de semana no Facebook que continha uma mensagem ofensiva em rela��o � primeira-dama francesa Brigitte Macron. O presidente franc�s classificou os coment�rios de "extraordinariamente desrespeitosos".

Bolsonaro, ao ser indagado pelos jornalistas na ter�a, negou qualquer m� inten��o.

"Algu�m que botou a foto l�, e eu falei para ele n�o falar besteira", afirmou o presidente brasileiro, que, no entanto, encerrou abruptamente a entrevista quando os jornalistas pediram mais explica��es.

A situa��o levou o escritor Paulo Coelho a pedir desculpas em franc�s, em um v�deo postado no Twitter, pelo que chamou de "histeria de Bolsonaro em rela��o � Fran�a, ao presidente da Fran�a e a sua esposa".

"Enquanto a Amaz�nia est� queimando, eles n�o t�m nenhum argumento e apenas insultam, negam, dizem qualquer coisa para evitar assumir (sua) responsabilidade", acrescentou o escritor em refer�ncia �s autoridades brasileiras.

- Mais inc�ndios -

Os dados de sat�lite do Instituto Nacional de Pesquisa (Inpe) contabilizam 82.285 focos de inc�ndio de janeiro at� segunda-feira, 26 de agosto, 51,9% do total na Floresta Amaz�nica.

O n�mero total marca um aumento de 1.650 focos de inc�ndio em compara��o com o dia anterior e representa um aumento de 80% em rela��o ao mesmo per�odo de 2018.

Mas o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse na segunda que a situa��o "est� sob controle", observando que o destacamento de mais de 2.500 soldados, centenas de ve�culos e 15 aeronaves, incluindo dois avi�es-tanque H�rcules C-130, foram mobilizados para controlar as chamas em nove estados atrav�s dos quais a Floresta Amaz�nica se estende.

Porto Velho, capital de Rond�nia, uma das cidade mais afetadas, acordou nesta ter�a-feira com o c�u mais limpo gra�as a uma chuva de cerca de 10 minutos na tarde anterior.

O aeroporto, que na segunda-feira ficou fechado por cerca de duas horas por causa da fuma�a, funcionou normalmente.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)