A �ndia perdeu a comunica��o com sua sonda n�o tripulada no s�bado, pouco antes do hor�rio em que o aparelho deveria pousar na Lua, um golpe nas ambi��es lunares do pa�s, � medida que o mundo mostra um interesse renovado no sat�lite da Terra.
Enquanto o primeiro-ministro Narendra Modi observava na sala de controle da miss�o na cidade de Bangalore, a �ndia esperava se tornar o quarto pa�s - depois dos Estados Unidos, R�ssia e China - a pousar com sucesso na Lua.
Mas ap�s v�rios minutos de tens�o, por volta do hor�rio previsto de pouso (1h55 em Nova D�lhi, 17h25 em Bras�lia), o presidente da Organiza��o de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO), Kailasavadivoo Sivan, anunciou que a comunica��o havia sido perdida com o m�dulo de pouso.
"A descida do lander Vikram estava em andamento conforme o planejado e foi observado um desempenho normal", at� uma altitude de 2,1 quil�metros, disse Sivan.
"Posteriormente, a comunica��o da sonda com a esta��o terrestre foi perdida. Os dados est�o sendo analisados", afirmou, cercado por cientistas e observadores na sala de controle.
Modi disse aos cientistas ap�s o an�ncio de Sivan que o que eles "fizeram (at� agora) n�o � um pequeno avan�o".
"Altos e baixos acontecem na vida. Seu trabalho duro nos ensinou muito e toda a na��o tem orgulho de voc�s", acrescentou.
"Se a comunica��o (com a sonda) retornar... vamos torcer pelo melhor... Nossa jornada continuar�. Sejam fortes. Eu estou com voc�s", concluiu Modi.
O ISRO havia reconhecido antes do pouso que esta era uma manobra complexa, que Sivan chamou de "15 minutos de terror".
"� como se de repente algu�m viesse e desse a voc� um beb� rec�m-nascido em suas m�os. Voc� ser� capaz de segurar sem o apoio adequado?", disse ao canal de not�cias NDTV.
"O beb� se mover� dessa ou daquela maneira, mas devemos segur�-lo", disse Sivan.
O m�dulo de pouso, batizado em homenagem a Vikram A. Sarabhai, pai do programa espacial da �ndia, tinha como objetivo ser o primeiro a chegar � regi�o do polo sul da Lua.
O lander estava carregando o rover Pragyan, que deveria explorar crateras em busca de pistas sobre a origem e evolu��o da Lua e tamb�m sobre evid�ncias de quanta �gua a regi�o polar cont�m.
O orbitador permanece em opera��o e continuar� a estudar a Lua de longe por cerca de um ano.
- Baixo custo -
De acordo com Mathieu Weiss, representante na �ndia da ag�ncia espacial francesa CNES, a an�lise do polo sul � vital para determinar se os humanos poderiam um dia passar longos per�odos na Lua.
E se as pessoas puderem sobreviver na Lua, isso significa que o sat�lite poderia ser usado como uma parada no caminho para Marte, o pr�ximo objetivo de governos e interesses privados, como a SpaceX de Elon Musk.
A terceira maior economia da �sia tamb�m espera garantir lucrativos acordos comerciais de sat�lites e �rbitas no mercado competitivo.
A miss�o Chandrayaan-2 tamb�m se destacou pelo baixo custo, de cerca de US$ 140 milh�es. Os Estados Unidos gastaram o equivalente a mais de US$ 100 bilh�es em suas miss�es Apollo.
A �ndia tamb�m est� preparando Gaganyaan, sua primeira miss�o espacial tripulada. A for�a a�rea anunciou nesta sexta-feira que o primeiro n�vel de sele��o de poss�veis astronautas tinha sido conclu�do.
Em abril, a tentativa de Israel de pousar na lua falhou no �ltimo minuto, quando sua nave sofreu uma falha no motor e, aparentemente, colidiu com a superf�cie lunar.