Gantz e Netanyahu se re�nem com presidente de Israel em busca de governo de uni�o

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e seu principal opositor nas elei��es, o general Benny Gantz, foram convocados nesta segunda-feira, 23, para uma reuni�o com o presidente do pa�s, Reuven Rivlin, com o objetivo de quebrar o impasse pol�tico que se alastra no pa�s desde abril e que amea�a a convoca��o de uma terceira elei��o em menos de um ano.

Nenhum dos dois candidatos ao cargo de primeiro-ministro comentaram a fotografia tirada antes do in�cio do encontro, onde Netanyahu e Gantz apertam as m�os de maneira desconfort�vel, enquanto Rivlin se encontra no meio com um sorriso for�ado.

A equipe de Rivlin anunciou no fim da tarde que o presidente havia deixado a sala para que Netanyahu e Gantz conversassem sozinhos, endossando que a popula��o "foi �s urnas e votou, e agora � a vez de voc�s".

O presidente de Israel � encarregado de escolher um candidato ao cargo de premi� depois das elei��es parlamentares, que ocorreram no �ltimo dia 17. O escolhido deve ser aquele com a maior chance de formar uma maioria est�vel no parlamento, a Knesset, que cont�m 120 cadeiras.

Mas, as elei��es da semana passada terminaram em impasse, sem que Netanyahu, que governa o pa�s h� 10 anos, ou Gantz conseguissem formar uma coaliz�o de maioria com a alian�a a partidos menores.

A uni�o entre os dois maiores partidos, o Likud de Netanyahu e o Azul e Branco de Gantz � vista como a �nica solu��o para formar uma maioria s�lida no parlamento israelense, o que ainda n�o � uma realidade.

"As pessoas esperam que voc�s encontrem uma solu��o para previnir elei��es no futuro, mesmo que isso tenha um custo pessoal ou at� ideol�gico. Esse n�o � o momento para excluir as pessoas", disse Rivlin aos dois postulantes.

O presidente de Israel passou o fim de semana se encontrando com l�deres de todos os partidos eleitos ao parlamento, para que estes indiquem seus favoritos ao cargo.

O partido Azul e Branco ficou em primeiro lugar nas elei��es, com 33 cadeiras no parlamento, seguido do Likud, com 31. Com a alian�a a outros partidos, Netanyahu aparece na frente com 55 parlamentares a seu favor, contra 54 a favor de Gantz.

O general perdeu o apoio de tr�s deputados da coaliz�o de partidos da Liga �rabe nesta segunda, que havia anunciado apoio integral a Gantz na semana passada. Assim, nenhum dos candidatos apresenta a maioria de 61 cadeiras para assumir diretamente o cargo.

Um governo de uni�o entre Netanyahu e Gantz ainda parece distante, j� que o general afirma que n�o se aliaria ao primeiro ministro por causa das tr�s den�ncias de corrup��o contra ele. Existe a possibilidade de Netanyahu ser indiciado j� no in�cio de outubro, o que faz com que ele se esforce para garantir um governo de coaliz�o e assim permane�a imune.

Por�m, o primeiro-ministro ainda permanece ligado ao seu eleitorado ultraortodoxo, defendendo uma alian�a com os partidos religiosos, recha�ada por Gantz e por demais nomes considerados centristas em Israel, que defendem um governo liberal e secular.

Outro questionamento a respeito de um governo de uni�o entre Gantz e Netanyahu seria quem ficaria como premi� principal, ou se seria um cargo rotativo entre os dois. Um exemplo de tal acordo j� foi visto em Israel entre os anos de 1984 e 1988, quando Shimon Peres, de esquerda, e Yitzhak Shamir, de direita, se revezaram no posto de primeiro-ministro em um governo de uni�o.

Caso isso aconte�a agora, o mais prov�vel seria que Netanyahu servisse como premi� principal, j� que qualquer outro cargo n�o lhe daria a possibilidade de permanecer no posto p�blico mesmo ap�s indiciamento.

O presidente de Israel deve escolher at� quarta-feira aquele que assumir� como primeiro-ministro. Depois disso, ou Netanyahu ou Gantz ter�o seis semanas para formar governo de coaliz�o.

Caso a primeira op��o falhe, um segundo escolhido de Rivlin poder� se articular em seguida para formar governo. Caso o segundo colocado tamb�m falhe, a terceira elei��o no pa�s desde abril ser� inevit�vel.

Netanyahu foi o escolhido em abril, e um m�s depois n�o conseguiu formar governo, fazendo com que o Parlamento se dissolvesse e novas elei��es fossem convocadas. / COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS