Os pr�mios Nobel s�o concedidos desde 1901 a homens, mulheres e organiza��es que trabalharam pelo progresso da humanidade, de acordo com o desejo de seu criador, o inventor sueco Alfred Nobel.
Confira cinco curiosidades sobre sua hist�ria.
Nobel, o poeta
Apaixonado pela poesia inglesa, especialmente de Percy Shelley e George Byron, Alfred Nobel entrou na hist�ria como inventor da dinamite, mas nunca parou de escrever versos, em sueco ou ingl�s. Em uma carta a um amigo, ele escreveu: "N�o tenho a inten��o de catalogar meus versos como poesia. Escrevo de tempos em tempos com o �nico objetivo de aliviar a depress�o ou melhorar meu ingl�s". Em outra carta, escrita em franc�s para uma jovem, Nobel admitiu que "a f�sica � a minha �rea, n�o a pena". No ano de sua morte (1896), ele escreveu uma trag�dia escandalosa, "Nemesis", inspirada no drama "The Cenci" de Shelley, sobre a execu��o no s�culo XVI em Roma de uma mulher que assassinou seu sogro incestuoso.
Pr�mios em fam�lia
A hist�ria da fam�lia francesa Curie se funde com a dos Pr�mios Nobel. Em 1903, o casal Pierre e Marie Curie recebeu o pr�mio de F�sica, e em 1911 Marie Curie recebeu o de Qu�mica, tornando-se a �nica dupla ganhadora. Em 1935, sua filha Irene Joliot-Curie e seu marido Fr�d�ric Joliot receberam o pr�mio de Qu�mica. A irm� mais nova de Irene, Eve Curie, casou-se com Henry Richardson Labouisse, que, como diretor do Unicef, recebeu o pr�mio Nobel da Paz em 1965.
Outros casais foram recompensados. Em 1974, o sueco Gunnar Myrdal foi contemplado com o Nobel de Economia e, oito anos depois, sua esposa Alva ganhou o da Paz. Pais e filhos tamb�m acrescentaram seus nomes na hist�ria do Nobel, como os Bohr: Niels, o pai, recebeu o Pr�mio de F�sica em 1922, e Aage Niels, o filho, em 1975.
Na aus�ncia
Desde 1901, cinco vencedores do Pr�mio Nobel da Paz n�o puderam participar da cerim�nia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alem�o Carl von Ossietzky estava em um campo de concentra��o nazista. Em 2010, o dissidente chin�s Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o pr�mio foi depositado, ficou simbolicamente vazia.
Em 1975, o f�sico e dissidente sovi�tico Andrei Sakharov foi representado por sua esposa, Elena Bonner. Em 1983, o sindicalista polon�s Lech Walesa n�o viajou para Oslo por medo de n�o poder retornar ao seu pa�s. Em pris�o domiciliar, a l�der da oposi��o birmanesa Aung San Suu Kyi, que recebeu o pr�mio em 1991, foi autorizada pelo conselho militar governante a viajar para Oslo, mas se absteve de ir com medo de n�o poder voltar.
Matem�tica
Por que n�o existe um Nobel de matem�tica? Pesquisadores da d�cada de 1980 cunharam uma lenda: Nobel procurou vingar-se do amante de um de suas pr�pria amantes, o matem�tico G�sta Mittag-Leffler, embora nada sustente essa hip�tese.
A explica��o mais plaus�vel para essa aus�ncia � dupla: em 1895, quando Nobel escreveu seu testamento, uma recompensa em matem�tica j� existia na Su�cia e, aparentemente, ele n�o via o benef�cio de instituir um segundo. Al�m disso, no in�cio do s�culo XX, as elites e a opini�o p�blica favoreciam as disciplinas aplicadas.
Pr�mios p�stumos
Desde 1974, os estatutos da Funda��o Nobel estipulam que um pr�mio n�o pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra ap�s o an�ncio do nome do vencedor. Antes de 1974, apenas duas figuras falecidas - em ambos os casos, cidad�os suecos - haviam sido recompensadas: o diplomata Dag Hammarskj�ld (Pr�mio Nobel da Paz em 1961) e o poeta Erik Axel Karlfeldt (literatura em 1931).
Em 2011, ap�s a entrega do Pr�mio Medicina, a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska soube da morte de um vencedor, o canadense Ralph Steinman, que ocorreu apenas tr�s dias antes. No entanto, a institui��o decidiu manter seu nome na lista dos vencedores.