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Estado de Minas

Manifesta��es aumentam press�o sobre governo Pi�era no Chile


postado em 24/10/2019 12:55

O Chile enfrenta um novo dia de manifesta��es nesta quinta-feira (24), depois dos dias de tumultos sociais que totalizam 18 mortes e que n�o parecem ceder, em um pa�s onde muitos querem voltar � vida normal, enquanto outros optam por continuar nas ruas em busca de uma mudan�a profunda no sistema econ�mico.

A Central Unit�ria de Trabalhadores (CUT) e cerca de 20 organiza��es sociais convocaram um segundo dia de paralisa��o nesta quinta-feira, mas, pela manh�, muitos habitantes foram trabalhar no centro de Santiago, e o com�rcio abriu timidamente suas portas.

"O que o presidente Pi�era fez at� agora � polarizar e estressar o pa�s. Hoje temos jovens nas ruas com um rifle nas m�os contra seus compatriotas", criticou Barbara Figueroa, presidente da CUT, o sindicato mais poderoso do Chile.

Durante a noite, no quinto dia de toque de recolher, os tumultos se acalmaram no centro de capital, embora na periferia a situa��o permanecesse tensa, com saques e inc�ndios que n�o param em um pa�s em estado de emerg�ncia e com milhares de pessoas e militares nas ruas.

Nesta quinta, o presidente Sebasti�n Pi�era anunciou um plano para acabar com o toque de recolher aplicado por cinco dias consecutivos em v�rias regi�es do pa�s desde que uma crise social teve in�cio na semana passada.

"Estamos trabalhando em um plano para normalizar a vida do nosso pa�s (...) para poder terminar com o toque de recolher e, com sorte, tamb�m poderemos suspender o estado de emerg�ncia", disse o presidente em uma mensagem � imprensa.

Esse plano come�ou a ser aplicado a partir de quarta-feira em Santiago, onde o toque de recolher foi reduzido para seis horas, das 22h �s 16h.

O estado de emerg�ncia foi decretado no s�bado, ap�s um violento dia de protestos na sexta-feira pelo aumento de quase 4 centavos no bilhete do metr�. Depois, a pauta dos manifestantes incluiu outras demandas sociais, com saques em supermercados e empresas, al�m de queima de v�rias esta��es de metr�.

At� agora, chega a 18 o n�mero de mortos pelas manifesta��es, entre eles cinco agentes do Estado, em meio a crescentes den�ncias de abuso policial e militar.

Um relat�rio mais recente do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) tamb�m relata que 535 pessoas ficaram feridas - 239 delas por armas de fogo - e 2.410 foram detidas.

Com os militares vigiando as esta��es das tr�s linhas do metr� que funcionam parcialmente, muitos dos sete milh�es de habitantes de Santiago tentaram retornar � normalidade sete dias ap�s o in�cio da crise.

No dia anterior, quatro hot�is foram saqueados e moradores usando coletes amarelos realizaram rondas de vigil�ncia em comunidades perif�ricas para evitar roubos e saques.

- Crise que n�o cede -

As manifesta��es se tornaram um movimento muito maior, heterog�neo e sem lideran�a identific�vel, o que coloca outras demandas sobre a mesa, principalmente um aumento nas pens�es muito baixas no sistema privado, que permanece como uma heran�a da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).

"Esta j� � a reivindica��o de um pa�s inteiro. Estamos cansados", gritou um manifestante no meio de uma multid�o que fez um panela�o nas ruas de Santiago.

O an�ncio de uma s�rie de medidas por parte do presidente Pi�era na ter�a-feira parece n�o ter tido o efeito desejado.

O governo prometeu uma melhoria nas pens�es dos mais pobres, a suspens�o de um aumento de 9,2% nas contas de luz, um aumento no sal�rio m�nimo, mais impostos para aqueles com renda mais alta e uma diminui��o nos gastos parlamentares e altos sal�rios p�blicos.

"Esper�vamos que esse momento de conflito social aumentasse a sensibilidade, mas s�o as mesmas propostas de meses atr�s", lamentou Izkia Siches, presidente da Faculdade de Medicina, tamb�m presente nas mobiliza��es.

Na ter�a-feira, Pi�era pediu "perd�o" e reconheceu sua "falta de vis�o" para antecipar a crise, dois dias depois de afirmar que o pa�s estava "em guerra".


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