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Estado de Minas

V�deo e fotos: protesto hist�rico no Chile exige nova transi��o pol�tica

"Todos n�s ouvimos a mensagem", disse o presidente Sebasti�n Pi�era no Twitter


postado em 26/10/2019 08:31 / atualizado em 26/10/2019 09:10


O Chile fez hist�ria com mobiliza��es pac�ficas que excederam um milh�o de pessoas, eclipsando as comemora��es do dia em que o povo disse "n�o" � ditadura h� tr�s d�cadas, em uma demonstra��o de for�a e convic��o para exigir uma sociedade mais justa.

Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)


Uma mar� de pessoas tomou as principais avenidas de Santiago e, no centro da Plaza Italia, gerou um cart�o postal �nico que dever� marcar v�rias gera��es, mostrando que os chilenos caminham constantemente em busca de mudan�as no modelo econ�mico neoliberal instaurado por Augusto Pinochet e que se consolidou na democracia.


"Todos n�s ouvimos a mensagem", disse o presidente Sebasti�n Pi�era, atrav�s de uma mensagem breve, mas conciliat�ria, em sua conta no Twitter.


Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)

O magnata - que governa o Chile pela segunda vez desde mar�o de 2018 - reconheceu a dimens�o das marchas em Santiago e em outras cidades do pa�s. "A marcha massiva, alegre e pac�fica de hoje, onde os chilenos pedem um Chile mais justo e solid�rio, abre grandes caminhos para o futuro e a esperan�a", afirmou.


Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)

Pi�era reagiu aos protestos, iniciados nove dias atr�s em rejei��o ao aumento das passagens do metr�, decretando "estado de emerg�ncia", o que levou militares �s ruas e o decreto de sete toques de recolher consecutivos na capital.


Nem os militares, nem o discurso do presidente de direita diminu�ram a ebuli��o dos cidad�os, cansados de viver no pa�s mais est�vel da regi�o, mas tamb�m um dos mais desiguais.

Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)


Com as ruas cheias de protestos e mais de 70 esta��es de metr� danificadas, algumas inutiliz�veis, Pi�era adotou um tom conciliat�rio e lan�ou uma bateria de medidas que incluem mudan�as no criticado sistema de previd�ncia privada, lan�ado durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), prometendo um aumento de 20% para as pens�es mais baixas.


Mas as manifesta��es continuaram.


"Segunda transi��o"


"Unidos pela mesma causa", resumiu � AFP Betzab� Segovia, trabalhadora de 28 anos que participou em Santiago na colossal manifesta��o.

Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)


Sem um l�der, ou guias pol�ticos, os chilenos - organizados em redes sociais - pedem uma mudan�a para combater as iniquidades de um pa�s que se destaca por sua estabilidade e uma renda per capita superior a US$ 20.000, a maior da regi�o.


A mobiliza��o "desafia os l�deres pol�ticos a promover profundas mudan�as no modelo de desenvolvimento capitalista. Uma esp�cie de segunda transi��o", comentou � AFP Marcelo Mella, analista pol�tico da Universidade de Santiago.

Protestos no Chile contra reformas e repressão do governo(foto: AFP)
Protestos no Chile contra reformas e repress�o do governo (foto: AFP)


Mella se referiu � transi��o que deixou para tr�s a ditadura, que matou cerca de 3.200 pessoas e torturou cerca de 38.000, e iniciou o caminho democr�tico em 1990, gra�as a um plebiscito de 1988 em que o povo chileno disse "n�o" para prolongar o regime militar.


Mas 29 anos de governos democr�ticos n�o foram suficientes para mudar um sistema econ�mico que gerou grande desigualdade.


Esse descontentamento social ap�s d�cadas de estabilidade "constitui a irrup��o de um sujeito pol�tico sem filia��o partid�ria que exige que a democracia seja expressa n�o apenas em procedimentos, mas tamb�m em resultados. Ou seja, uma sociedade menos desigual e com direitos mais fortes", disse o analista.


Neste s�bado, a tarefa em Santiago ser� limpar os destro�os de incidentes isolados.


Em Genebra, a alta comiss�ria das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, anunciou o envio de "uma miss�o de verifica��o para examinar" a situa��o, depois de den�ncias sobre a a��o de militares e policiais.


No mesmo sentido, a Anistia Internacional disse que "o mundo tem os olhos no Chile" e anunciou o envio de uma miss�o ao pa�s.


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