Dois agentes federais que estavam trabalhando na noite em que o empres�rio americano Jeffrey Epstein cometeu suic�dio em uma penitenci�ria em Manhattan foram condenados nesta ter�a-feira, 19, por terem supostamente falhado em conferir o detento a cada meia hora, como � previsto pelo regulamento interno.
As condena��es s�o as primeiras a surgirem com a abertura da investiga��o criminal ap�s a morte de Epstein, o bilion�rio que apareceu morto em sua cela em agosto, enquanto aguardava a conclus�o do inqu�rito com acusa��es de abuso sexual e tr�fico de menores.
Fontes inteiradas no caso afirmam que os agentes podem ser presos ainda nesta ter�a. Tova Noel e Michael Thomas foram considerados culpados por falsificarem documentos e conspirarem contra os Estados Unidos. Eles n�o se declararam culpados, e devem ser liberados sob fian�a de US$ 100 mil. O advogado de Thomas considerou que os agentes est�o servindo como "bode expiat�rio" para o caso.
Especificamente, a acusa��o relata que os dois agentes falharam em cumprir seus turnos para conferir os detentos e, ao inv�s disso, ficaram "sentados em suas mesas, usaram a internet e se locomoveram dentro da �rea comum".
Ent�o, eles assinaram documentos em que atestavam que haviam conferido os detentos, mesmo n�o sendo verdade. "Os acusados tinham a fun��o de assegurar a seguran�a e integridade dos detentos federais sob seus cuidados no Centro Correcional Metropolitano", defendeu o procurador dos EUA em Manhattan, Geoffrey S. Berman.
"Ao inv�s disso, eles repetidamente falharam em conduzir as confer�ncias mandat�rias nos detentos e mentiram em documentos oficiais, para esconder seu abandono".
Epstein, de 66 anos, estava preso h� mais de um m�s quando foi encontrado morto, em 10 de agosto. A aut�psia do chefe do departamento m�dico da cidade de Nova York emitiu um laudo como morte por suic�dio. Os advogados de Epstein contestaram a conclus�o, e um patologista forense contratado pela fam�lia do empres�rio afirmou que "as evid�ncias apontam para homic�dio".
Os agentes foram alvo de cr�ticas logo ap�s a morte de Epstein porque eram respons�veis por monitorar os presos da ala de seguran�a m�xima do pres�dio a cada 30 minutos, onde o empres�rio foi colocado por ter passado por um acompanhamento p�s-tentativa de suic�dio dias antes.
Ficou comprovado, com as imagens das c�meras de seguran�a, que os agentes dormiram por horas seguidas e falsificaram os documentos para encobrir o que haviam feito, de acordo com fontes pr�ximas ao caso.
Teorias de conspira��o, incluindo vindas da fam�lia de Epstein, acreditam que havia interesse de pessoas poderosas em acabar com a sua vida, pelo fato de personalidades importantes terem frequentado seus eventos na d�cada de 1990, frequentados tamb�m pelas adolescentes menores de idade. Entre eles, h� registros com o pr�ncipe Andrew da Inglaterra e o pr�prio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O detento havia alegado n�o ser culpado, e deveria ir a julgamento no ano que vem. Caso condenado, poderia enfrentar at� 45 anos de pris�o. Tr�s semanas antes da sua morte, ele foi encontrado com ferimentos em sua cela, o que foi considerado como uma tentativa de suic�dio. Em agosto, quando morreu, ele havia sido retirado da supervis�o, mas deveria dividir a cela com outro detento, quando na verdade estava sozinho.
Al�m disso, a penitenci�ria em Manhattan estava h� alguns meses com o quadro de funcion�rios reduzido. Na noite em que Epstein morreu, ambos os agentes estavam fazendo horas extras. Um deles se voluntariou para trabalhar, mesmo j� tendo acumulado horas durante aquela semana. O outro foi obrigado a fazer um plant�o duplo de 16 horas. (Com ag�ncias internacionais)
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INTERNACIONAL
Caso Jeffrey Epstein: Agentes penitenci�rios s�o condenados por facilitarem morte
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